Quem é
minha mãe e quem são
meus irmãos?
É estranha para os
materialistas esta
indagação de Jesus.
Pois, com isso, o Mestre
- dizem eles - rejeitou
publicamente sua própria
mãe e seus irmãos.
Aproveitam-se, para
reforçar seus
argumentos, do registro
nos Evangelhos de
Mateus, 12:46 a 50 e
Marcos, 3: 31 a 35, da
afirmação de Jesus, que
se vê no título da
matéria.
No entanto, Jesus não
hostilizou, com Suas
palavras, a Sua mãe nem
os Seus irmãos.
Deixou-nos sim, com
isso, mais um dos seus
belos ensinamentos,
pois, como diz O
Evangelho segundo o
Espiritismo, de
Allan Kardec (Edições
FEESP), no item 8 do
capítulo XIV: Honrai a
teu pai e a tua mãe: "Os
laços de sangue não
estabelecem
necessariamente os laços
espirituais".
Na sequência, diz o item
8 que "os verdadeiros
laços de família não
são, portanto, os da
consanguinidade, mas os
da simpatia e da
comunhão de pensamentos
que unem os Espíritos, antes,
durante e após a
encarnação".
Belos laços, que
fraternalmente nos unem
em amizades verdadeiras,
duradouras e felizes. É
tão bom ter amigos que a
sabedoria popular afirma
ser mais importante ter
amigos na praça, do que
dinheiro na caixa.
É imprescindível que só
façamos amigos na
presente encarnação,
pois os laços de amizade
- como os de inimizade -
perduram, após a nossa
passagem para a outra
vida. Se conservarmos
amigos aqui, teremos
amigos lá. Assim sendo,
um feroz inimigo é um
forte candidato a futuro
obsessor.
Por isso, a amizade tem
sido cantada e
decantada, ao longo da
História. "Amigo é coisa
para se guardar/Do lado
esquerdo do peito/Dentro
do coração"... diz a Canção
da América, de
Milton Nascimento e
Fernando Brant,
interpretada por Milton
Nascimento.
Conservemos as nossas
amizades. Elas fazem bem
ao nosso coração; nos
deixam mais leves, mais
soltos e mais
tranquilos, diante de
todas as situações que a
vida nos oferece. O
desamor só nos faz mal,
nos atrapalha, nos
desequilibra.
No item 9 do capítulo XI
de O Evangelho
segundo o Espiritismo:
Amar o próximo como a si
mesmo, Fénelon diz que
se nos amarmos, veremos,
muito em breve, a Terra
modificada "tornar-se um
novo Eliseu, em que as
almas dos justos virão
gozar o merecido
repouso".
Nota
do Autor:
Eliseu,
nesse sentido, é
figuradamente o mesmo
que paraíso.
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