Estamos
esquecidos?
No livreto O Espiritismo em sua expressão mais
simples, da FEESP, de Allan Kardec, que é dividido
em 3 partes (Histórico do Espiritismo, Resumo do
Ensinamento dos Espíritos e Máximas extraídas do
ensinamento dos Espíritos, além das Notas),
encontramos essas preciosidades que parecem esquecidas
de todos nós na atualidade do movimento espírita:
(transcrevo pequenos trechos parciais)
a) Item
35, no item “Máximas”: O objetivo essencial do
Espiritismo é o melhoramento dos homens. Não é preciso
procurar nele senão o que pode ajudá-lo para o progresso
moral e intelectual;
b) Item
36, no mesmo item: O verdadeiro espírita não é o que
crê nas manifestações, mas aquele que faz bom proveito
do ensinamento dado pelos Espíritos. Nada adianta
acreditar se a crença não faz com que se dê um passo
adiante no caminho do progresso e que não o faça melhor
para com o próximo.
c) Item
38, continuando: A crença no Espiritismo só é
proveitosa para aquele de quem se pode dizer: hoje está
melhor do que ontem.
d) E
para concluir as transcrições, no item 60: Com o
egoísmo, os homens estão em luta perpétua; com a
caridade, estarão em paz (...).
Estamos esquecidos dessas orientações? Por que estamos
nos perdendo tanto em polêmicas e discussões
absolutamente dispensáveis, que só desviam o foco do
principal objetivo da Doutrina: nosso melhoramento
moral. Quanta discussão vazia, quanta perda de tempo,
entre acusações e disputas absolutamente
dispensáveis??!!
Temos um tesouro nas mãos, com o dever de espalhá-lo em
benefício da humanidade! Enorme responsabilidade essa! E
ficamos em disputas internas, em acusações e polêmicas
desnecessárias, absolutamente dispensáveis, desviando
focos e desvirtuando objetivos.
Melhor não será prestarmos atenção nessas máximas e
concentrarmos esforços para a proposta do Espiritismo.
Agora que o filmeKardec desperta interesse,
exatamente pela movimentação na mídia, deverá
naturalmente haver uma demanda maior nas instituições.
Estamos preparados para atender essa nova demanda?
Analisemos com imparcialidade para responder: estamos
preparados, estruturados? OU ainda estamos em discussões
vazias, concorrendo opiniões e pontos de vistas?
O que verdadeiramente buscamos no Espiritismo? Com que
objetivo? Quais nossos propósitos? Não é melhor
despertarmos desses pesadelos e agirmos na direção do
bem? Que autoridade tenho para questionar isso? Nenhuma,
também sou um aprendiz, necessitado igualmente desse
olhar interno, mas entristecido do esquecimento de nosso
dever maior de estudar e viver a Doutrina Espírita,
embalados que estamos pelas ilusões da vaidade, da
disputa de opiniões e de posturas personalistas que
ainda imperam em nós.... Voltemos a estudar Kardec para
viver o Espiritismo. A pergunta é para mim, para você,
para todos nós: estamos esquecidos?