Árvores, companheiras da infância
Amo aqueles que plantam árvores mesmo sabendo que nunca
se sentarão em sua sombra. Plantam árvores para dar
sombras e frutos para aqueles que ainda não nasceram.
Rubem Alves
Entre as vantagens da infância, estão as árvores novas e
velhas, baixas e altas. A Goiabeira, por exemplo, é
arvore fácil e estimula a criança a brincar de balançar
e subir sem medo. Já uma Grandiúva (ou Candiúba), por
sua vez, ajuda a sombrear a beira do muro e, à tarde,
hora após hora, é companhia interessante para a
criançada inventar mil aventuras.
No quintal da minha casa, quando eu tinha oito anos, às
invencionices e alegrias, eu e meus irmãos contávamos
muito com a presença de uma árvore que os adultos nos
ensinaram chamar de Ipê-verde. Bola velha, tapete de
folhas, por sorte contávamos, nos dias mais quentes, com
sua vasta sombra, o alívio da solidariedade sempre que
nos faltavam ideias e, por isso, simplesmente encarar
seus fortes galhos e, lá do alto, a mente infantil
fabricar casa, palácio, barco, balão, a sorte definindo
de quem era a vez de ser o herói e não o terrível vilão.
Árvores são essenciais à nossa vida. Árvores e
arvoredos. Companheiras leais da infância, as árvores
ensinam às crianças a alegria dos movimentos, o amor à
natureza.
Todo adulto responsável – pai, mãe, educador – deve
apresentar às crianças, desde a tenra idade, árvores
novas e antigas, dando-lhes a chance de aprender com
felicidade quanto é fundamental sermos, do ponto de
vista da ecologia, pessoas atenciosas e solidárias com
as árvores, símbolos do equilíbrio da vida na Terra…
Notinha
Brincar também é subir em árvores e todos nós, sem
exceção, precisamos cuidar das árvores para o presente o
futuro das próximas gerações.
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