Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Esteja disponível para o seu filho


Aprender sem refletir é desperdiçar a energia
. Confúcio


Você costuma usar frases como “agora a mãe está ocupada respondendo uma mensagem no celular” ou “o papai está assistindo ao jogo, depois a gente conversa”?

Infelizmente, ao adotar o comportamento da indisponibilidade o que o pai ou a mãe comunica à criança é que o que ela tem a dizer não é importante.

A disponibilidade é fundamental para o fortalecimento do vínculo entre pais e filhos, ela é garantia da experiência da visibilidade na infância: “eu existo, eu sou amado.”

O que os pais indisponíveis (ou largamente ausentes/ocupados) demonstram aos filhos pequenos? Demonstram que eles não são importantes e, desse modo, influenciam de modo negativo o vínculo de afeto, prejudicando o desenvolvimento infantil. Esses adultos ignoram que optar por ter filhos envolve assegurar a eles um ambiente acolhedor, de atenção, escuta e diálogo, que estimula, desde cedo, naquele ser humano em formação, confiança nas relações.

Para um filho, o amor que os pais lhe dão está intimamente  relacionado à atenção que recebe deles. Desinteresse pela rotina da criança, fraca ou nenhuma participação em suas atividades escolares ou promessas não cumpridas, por exemplo, são absorvidos pelos filhos como atos de abandono que geram, em seus espíritos, marcas inesquecíveis...

No fundo, os pais devemos generosamente esforçar-nos para sermos bons, e isso implica enxergare apoiar o filho. As crianças prosperam desde que, no dia a dia, contem com rotina, consistência e disponibilidade por parte dos pais.

Notinha

A criança que conta com a presença dos pais no seu cotidiano tem a chance de aprender o valor do afeto, dos relacionamentos… Claudio Naranjo, psiquiatra argentino e educador, avisou, por exemplo, que os jovens hoje em dia “estão muito danificados afetiva e emocionalmente pelo fato de que o mercado de trabalho está absorvendo os pais que não têm mais disponibilidade para os filhos. Há muita carência amorosa e muitos desequilíbrios nas crianças.”

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita