Espíritas e a ideação
suicida
Nosso país se encontra
entre os quinze do mundo
com maior taxa de
pessoas diagnosticadas
com depressão; nas
estatísticas de
suicídio, estamos entre
os dez países que
registraram elevados
números, sendo o
suicídio a terceira
causa de morte no
Brasil.
Estudos de especialistas
afirmam que as três
principais causas de
morte entre os jovens
nas Américas são
evitáveis. Os homicídios
são os “principais
assassinatos”, sendo
responsáveis por 24% de
toda a mortalidade,
seguidos pelas mortes no
trânsito (20%) e pelo
suicídio (7%).
Suicídio é o ato
intencional de matar a
si mesmo. Sua causa mais
comum é um transtorno
mental e/ou psicológico
que pode incluir
depressão, transtorno
bipolar, esquizofrenia,
alcoolismo e abuso de
drogas. Dificuldades
financeiras e/ou
emocionais também
desempenham um fator
significativo. O
suicídio vem sendo
tratado como um problema
de saúde mental e saúde
pública.
Três atuais líderes
espíritas declararam
que, em certos momentos
de suas vidas,
alimentaram a ideação
suicida, e que estes
pensamentos os levaram a
flertar com essa
realização trágica.
Partilharam essa
situação em palestras
públicas disponíveis na
internet.
O mais antigo e
conhecido é o orador e
médium com mais de 200
livros psicografados
Divaldo Pereira Franco;
quando jovem, depois de
perder o emprego, conta
ter subido no Edifício
Lacerda, em Salvador,
com a ideia fixa de se
jogar do prédio. A alma
de sua irmã, que já
cometera suicídio,
apareceu para ele e
interveio em seu favor,
desestimulando-o da
ideia obsessiva.
Outro personagem é uma
médica, professora
universitária, com
diversos cursos
superiores, Anete
Guimarães, que declara
que tentou o suicídio
quando tinha apenas onze
anos de idade. Ela não
descreve de que forma
seria e nem o motivo. Em
seus pronunciamentos,
aconselha que não se
deve divulgar essas
maneiras, porque isso
estimula outras pessoas
a agirem da mesma forma.
O mais jovem é um
psicólogo e escritor
Rossandro Klinjey,
nascido em Campina
Grande, Paraíba; ele
confessou em uma
palestra que, quando
ainda jovem, após sair
da casa da mãe,
encontrando muitas
dificuldades e sem
sucesso em seu intento
de viver independente,
ficou imaginando por
diversas vezes como
atentar contra a própria
vida, se jogando da
sacada de seu
apartamento, no quarto
andar. Felizmente a
consciência do
conhecimento da vida
espiritual – consciência
de que ninguém morre –e
a lembrança dos
conselhos maternais
(“aconteça o que for,
volte para casa, e, por
favor, vivo”) lhe deram
a coragem de voltar e
pedir ajuda à mãe.
Consideramos o suicídio
um ato extremo. Todos
temos dificuldades,
problemas, angústias,
mas a autodestruição é
uma porta falsa que se
apresenta como solução
definitiva para um
problema/dificuldade
temporários. Tudo se
resolve com o tempo.
Estejamos atentos
conosco mesmos, todos
estamos sujeitos às
fases depressivas; em
qualquer sinalização de
mudanças bruscas nos
familiares e colegas
íntimos, ou do trabalho,
vale sugerir que busquem
ajuda. Existem
profissionais em
diversas áreas
capacitados para
auxiliar a superar o
momento tormentoso. O
CVV, com o telefone 188,
é um recurso gratuito
disponível em todo
território nacional, com
atendentes treinados
para ouvir as pessoas.
Arnaldo
Divo Rodrigues de
Camargo é editor da
Editora EME.
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