O
Mensageiro
da
Verdade
A Terra
gira no
espaço
infinito
como
escola
secundária
de
aprendizado
e
evolução
dos
Espíritos
sedentos
de
alcançarem
os
mundos
mais
adiantados
do
cosmos
A
Doutrina
Espírita
em seu
aspecto
geral
trata do
conhecimento
do homem
sobre
Deus, do
relacionamento
humano
com
inteligências
espirituais
e seu modus
operandi,
dos
ensinos
de Jesus
Cristo
em
passagens
testamentárias
e do que
se
relaciona
à
evolução
do
espírito
em uma
pluralidade
de
mundos
habitados
do
universo.
O
educador
francês
Hippolyte
Léon
Denizard
Rivail
codificou
a
moderna
doutrina
tomando
para
distinção
o
codinome
Allan
Kardec.
Em seu
aspecto
teológico,
a
Doutrina
Espírita
compreende
tudo
quanto
se
relacione
aos
propósitos
divinos
mencionados
na
primeira
e
segunda
revelação
religiosa,
respectivamente
no Antigo
e Novo
Testamento,
e na
terceira
revelação,
exarada
em O
Evangelho
Segundo
o
Espiritismo e
demais
livros
da
codificação
espírita.
A
Doutrina
dos
Espíritos
em seus
postulados
sintoniza
também
os fatos
históricos
e os
avanços
das
ciências
propriamente
ditas.
No amplo
conjunto
literário
em que
se
erguem
os
fundamentos
doutrinários,
cada
analista
espírita
procura
sorver
os
conhecimentos
que
satisfaçam
os seus
anseios
mais
íntimos.
Então,
imbuído
de
moderna
visão
espiritual,
interpreta
o que
fora
escrito
inclusive
no
passado
mais
longínquo.
Contextualiza
os
preceitos
doutrinários,
agrega
subsídios
literários
e
mensagens
espirituais
de real
valor
elucidativo,
harmoniza
tais
ensinos
e deles
extrai
os
princípios
morais e
filosóficos
capazes
de
instruir
e formar
melhor o
homem de
bem.
Ao
articular
a
teologia
espírita
com
raciocínio
profundo,
o
pensador
serve-se
da
ciência,
da
filosofia
e dos
preceitos
religiosos
da Nova
Revelação
para
interpretar
as
coisas
de Deus
e os
aspectos
devocionais
das
coisas
divinas
com fé
raciocinada,
exigindo
de si
mesmo
ponderação,
bom
senso e
uso
contínuo
da
razão.
Foi com
esse
estado
de alma
que em
áureos
tempos
passados
uma voz
espiritual
venerável
se fez
retumbante,
contando
aos
filhos
de sua
abrangência
uma
fábula
antiga
para
tocar o
mundo da
modernidade.
Disse
essa voz
venerável
que uma
antiga
lenda
conta
que uma
formiga,
ainda
muito
pequena,
vivia em
região
boa para
uns, mas
ruim
para
outros.
Certo
dia, a
formiguinha
ouviu
dos
homens
que
passavam
por
aquelas
campinas
sobre a
existência
de um
planeta
lindo. A
pequena
formiga
ficou
pensando:
“Onde
será que
fica
essa
coisa
tão
linda
chamada
planeta
azul?
Onde
fica
essa
beleza?”.
Foi
então
que
passou
por ali
uma
formiga
grande e
bem mais
velha. A
formiguinha
lhe
perguntou: “Você,
que é
mais
velha e
tem mais
experiência,
pode
dizer-me
onde
fica
aquilo
que os
homens
chamam
de
planeta
azul? Eu
acho que
ele deve
ser
muito
bonito e
quero
conhecê-lo”.
A velha
formiga
torceu o
corpo
com
dificuldade,
olhou
para
trás e
disse: “O
planeta
azul?
Ah,
querida,
você
está
pisando
nele
agora.
Está nos
seus
pés”.
“Claro
que não,
senhora
– rebateu
a
formiguinha
muito
aborrecida –
isto
aqui é
terra,
apenas
terra,
nada
mais que
terra!” E
afastou-se
triste,
desiludida,
indo
procurar
em outro
lugar
seu
lindo
planeta
azul. Na
verdade,
faltava
a ela
algo em
seu
interior
para ver
a beleza
que só
pode ser
notada
pela
alma.
Após
contar
essa
história,
a voz
venerável
ainda
prosseguiu.
Falou
aos
filhinhos
que num
passado
distante,
ela
mesma
estagiando
então em
um
antigo
mosteiro,
dissera
aos
internos
daquela
comunidade
que a
miopia
da
formiguinha
era
característica
daqueles
que não
percebem
Deus
dentro
de si.
Assim,
ficam
longe do
que os
olhos da
carne
não
podem
ver e,
como
céticos,
não
percebem
a
felicidade
que
emana
das
coisas
mais
simples.
A voz
venerável,
num
relâmpago
de
memória,
recordou-se
então de
um poema
de Davi,
um dos
que o
salmista
declamara
fervoroso
no
Antigo
Testamento:
“Guardai-me,
ó Deus,
porque
em vós
procuro
refúgio.
Sois o
meu
Senhor,
fora de
vós não
há
felicidade
para
mim.
Quão
admirável
tornastes
o meu
afeto
para com
os que
estão na
Terra.
Vós
tendes
nas mãos
o meu
destino.
Diante
dos meus
olhos
sempre
vos
coloco,
pois se
estais
comigo,
nunca
vacilo.
Assim, o
meu
coração
se
alegra e
a minha
alma se
rejubila,
enquanto
o meu
corpo
descansa
seguro,
porque
sei que
não me
abandonareis,
e que me
serão
abertas
as
estradas
da vida,
a
fartura
da
alegria
e as
delícias
eternas
enquanto
comigo
estiveres”
(Sl 15).
A voz da
venerável
alma
ainda
prosseguiu
instruindo
aos
espíritos
cheios
de fé
para
que,
ouvindo
essa
prece do
salmista,
rogassem
ao Pai
para
estar
sempre
com
eles,
pedindo
que lhes
concedesse
sabedoria
para
reconhecer
na Terra
monótona
em que
pisam a
Sua
presença
sutil e
magnânima.
Assim,
eles
haveriam
de notar
o
belíssimo
planeta
azul da
criação
divina,
Terra
que gira
no
espaço
infinito
como
berço a
oferecer-lhes
escola
de
aprendizado
e
evolução
do
espírito.
Então,
embalados
na Sua
presença
e
envolvidos
em Seu
puro e
sempiterno
amor,
estariam
seguros,
pois
quem
está com
Deus
jamais
está
sozinho.
E “se
Deus
está
conosco,
quem
estará
contra
nós?”, indagara
antes o
apóstolo
Paulo (Rom
8,31).
“Estejam
certos,
meus
filhos –
continuou
a voz
venerável –,
que se
sentires
uma
presença
elevada
falando
ao vosso
interior,
é Ele
que
sutilmente
vos fala
por
intermédio
de um
espírito
mensageiro.
Então,
em vosso
íntimo,
havereis
de
enxergar
as
belezas
deste
planeta
azul.
Estareis
sempre
cheios
de
alegria,
dispostos
ao
trabalho
e
confiantes
no
futuro,
porque o
aprendizado
e a
evolução
jamais
cessam
nesta
escola
planetária
azul”.
E a
venerável
voz
aduziu
que no
profundo
azul do
espaço,
desde as
regiões
mais
obscuras
até às
mais
próximas
à glória
celestial
encontram-se
infindáveis
estâncias
de vida,
porque “na
casa de
Deus há
muitas
moradas”
(Jo
14,2).
Disse
que as
moradas
mais
elevadas
do
cosmos
estão
ali
radiantes
e
pacientes,
preparadas
que
foram
por Ele
(Jo
14,3)
para
acolher
seus
irmãos.
Aconselhou
a voz da
Verdade
para que
se
procure
a todo o
momento
por
Jesus,
pois dia
chegará
a que se
haverá
de
encontrá-lo
e
depois,
por
acréscimo,
serão
trilhados
os
caminhos
da casa
de Deus
na
amplidão.
E para
chegar a
tal
glória,
observou
que o
Cristo
dissera
em seu
tempo
que era
preciso
caminhar
por Ele
para
chegar a
essas
moradas
radiantes: “Eu
sou o
caminho,
a
verdade
e a
vida,
ninguém
vem ao
Pai,
senão
por mim”
(Jo
14,6). Caminhemos
então
com a
Verdade
para
chegar
ao
Cristo e
adentrar
aos
caminhos
que
levam a
Deus em
gloriosos
planetas
habitados
do
universo. |