Removendo e aproveitando as pedras do
caminho
Em nossas jornadas, encontramos pedras no caminho
representadas pelas dificuldades de qualquer natureza,
podendo asfixiar a fé, a confiança, os talentos que Deus
nos deu e a esperança em dias melhores na busca dos
nossos objetivos, ideais e perspectivas de servir.
As pedras podem, também, ser vistas como
condicionamentos ou reflexos dominantes da personalidade
que se expressam sob a forma de interesses passageiros e
superficiais, e que não cedem espaço a entendimentos
mais profundos.
Podemos removê-las pelo conhecimento das verdades que
libertam, aproveitando-as para edificar a morada
interior em alicerces celestes. Do entendimento e da
conduta de cada um de nós, dependerá a felicidade ou o
infortúnio.
Tropeçando, pisando, caindo, removendo ou construindo
com as pedras do caminho, temos valiosas oportunidades
de aprendizado e crescimento.
Os tropeços virão, mas a diferença está em como
compreendemos as lições que deles saberemos tirar.
Muitas vezes, pensamos nas dificuldades e nos esforços
necessários para se alcançar algo na vida, imaginando os
grandes obstáculos que possam surgir e impedir o
prosseguimento no caminho anteriormente traçado.
Semeamos a dúvida sobre a capacidade de buscar os nossos
objetivos e de superar os desafios da vida, sentindo-nos
inseguros e incrédulos, dificultando buscar os cumes
mais elevados de evolução espiritual.
As pessoas com essas pedras interiores, ante os menores
obstáculos que surgem no exercício do bem, não conseguem
se manter fiéis aos ensinamentos de Jesus, deles se
afastando.
Visualizamos os grandes obstáculos, mas tropeçamos nas
pequenas pedras do dia a dia. Na verdade, as maiores
pedras a serem removidas estão dentro de nós mesmos para
a tão almejada edificação do reino de Deus.
O Espírito Emmanuel, em
“Pedras”, do livro “Vida em Vida”, na psicografia de
Francisco Cândido Xavier, esclarece que: “as
dificuldades de qualquer natureza são sempre pedras
simbólicas, asfixiando-nos as melhores esperanças do
dia, do ideal, do trabalho ou do destino, que recebemos
na glória do tempo. É necessário saber tratá-las com
prudência, serenidade e sabedoria. Há diversos modos de
considerar os obstáculos, removendo-os ou
aproveitando-os”.
Considerando os diferentes estágios evolutivos, cada
qual ao seu tempo, o Espírito haverá de despertar a
consciência para passar a compreender melhor os
mecanismos que regem o Universo e as reais razões de ser
de nossa existência. Tal transformação somente se dará
mediante uma reforma íntima pelo autodescobrimento e
autoconhecimento, com trabalho, esforço e mérito.
Compreenderá que as pedras do caminho são necessárias
para os devidos ensinamentos, reflexões e aprendizados
para seguir a trajetória evolutiva na busca da perfeição
relativa à Humanidade, tendo Jesus como modelo e guia, e
os seus ensinamentos e exemplos como roteiros de vida,
porquanto ninguém chega ao Pai senão por Ele.
As pedras no caminho poderão atrasar, estacionar ou
acelerar o nosso progresso, dependendo de como as
visualizamos e utilizamos.
Em nossas jornadas terrenas, que toda a disposição de
melhoria não se limite às boas intenções, mas sim que
construamos uma boa base moral e espiritual que possa
alimentar a sincera vontade de melhorar, afastando o
desânimo, a desesperança, a dúvida, a tristeza e o
abandono do serviço edificante na prática do bem, do
amor e da caridade.
Bibliografia:
EMMANUEL (Espírito); (psicografado por)
Francisco Cândido Xavier. Vida em vida. 2ª
Edição. São Paulo/SP: Editora Ideal.
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