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por Luiz Guimarães Gomes
de Sá

 

Algemas mentais


Sabidamente o ser humano desfruta de uma qualidade ímpar no reino do Criador. Somos agraciados com a inteligência que nos faz discernir e seguir o melhor caminho. Mesmo com essa prerrogativa que é uma dádiva Divina, engessamos essa capacidade e singramos mares revoltos nos oceanos da vida.

As algemas, quando de ordem física, são facilmente perceptíveis e, para nos libertarmos, necessitamos de terceiros. Já aqueloutras abstratas e tão íntimas, somente poderão ser alcançadas se mergulharmos no âmago d´alma para detectar e avaliar as causas desse aprisionamento.

Paradoxalmente buscamos essa “liberdade” no mundo exterior e permanecemos adormecidos quanto ao aprofundamento desse conhecimento que nos trará o devido discernimento para a caminhada na Seara do bem. Nesses bastidores que ainda não conhecemos, acumulam-se arquétipos que influenciam nossas vidas como se fossem tesouros que devêssemos um dia desfrutar dos seus valores...

Continuando nesse equívoco estaremos retardando nosso equilíbrio interior cujo processo evolutivo e inexorável nos aguarda. Envoltos nesse Dédalo, padecemos fortemente por não buscarmos o verdadeiro caminho palmilhado por Jesus.

O livre-arbítrio faculta-nos a direção a ser tomada e valendo-nos do bom senso, chegaremos à elevação espiritual antevendo a chegada no porto Celestial acolhedor. Conscientes do sentido da verdadeira Vida, resta-nos preservá-la com Fé e Esperança. A libertação dessas algemas decorrerá através do nosso esforço pessoal.

Para esse mister não podemos prescindir do poder da mente. O pensamento possui forças inimagináveis e, se o mantivermos higienizado e focado nos valores ético-morais que Jesus nos legou, não restará dúvida de que o resultado será promissor. Tudo vai depender da nossa vontade.

Corroborando o explanado, citamos registro no livro Energia e Espírito, de José Lacerda Azevedo, Cap. 6, págs. 5 e 6: “(...) No campo da Ciência, a energia surge nas mais diversas formas, de acordo com o campo em que se manifesta. Assim, energia cinética, térmica, luminosa, química, sonora, nuclear, elétrica, magnética, gravitacional etc.”. 

O pensamento possui uma energia singular cuja sutileza transcende às demais pelo seu refinamento e por se tratar da manifestação do Espírito, considerada como energia “quintessenciada” que contém elementos próprios da sua natureza... É nesse potencial imperceptível e ainda inexplorado que devemos buscar o controle dos elementos que nos movem na vida: - vontade, sentimentos e emoções -, responsáveis pelas nossas atitudes do cotidiano.  

A visão holística daquilo que somos e representamos no Orbe descortinará horizontes de Luz que favorecerão nosso processo evolutivo ao longo das inúmeras existências que ainda teremos. 

(A mente semeia; cabe ao corpo colher.)
 


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita