Criar uma família?
A arte do amor é em grande parte persistência.
Albert Ellis
Não somos perfeitos, é óbvio, mas trazer uma nova vida a
este mundo é coisa séria.
É comum as pessoas ficarem pensando se têm condições de
assumir a maternidade ou a paternidade. No entanto,
antes de ter um filho ou uma filha, seria maravilhoso se
elas refletissem de forma honesta se estarão realmente
disponíveis para dar conta dessa tarefa. Melhor que
virar pai ou mãe sem seriedade é conscientizar-se de que
não tem inclinação para isso e dedicar-se a realizar
outras metas na vida.
Pais suficientemente bons apresentam uma persistente
motivação em aprender a semear paz e felicidade junto
aos filhos que chegam e dependem de adultos atentos para
crescerem com valores e competências para evitar o
próprio sofrimento e o sofrimento dos demais.
Não existe curso sobre o amor. Mas se os adultos são
sinceros, disponíveis e sabem como cuidar uns dos
outros, as crianças crescem nesse ambiente e aprendem
naturalmente a amar, compreender e fazer uns aos outros
felizes.
Muitos pais se preocupam em deixar bens e dinheiro para
os filhos, mas muitas vezes ignoram que a melhor herança
é dar na infância às crianças um ambiente de amor, paz,
confiança e espírito cooperativo.
Por sermos humanos cometemos erros. Mas os pais firmes,
presentes e habilidosos, que põem em prática no
cotidiano o diálogo e a escuta profunda, são os que se
mostram aptos a criar uma criança que se tornará alguém
capaz de vencer obstáculos e alcançar no caminho um amor
(mais) generoso.
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