Terceira
Revelação - Doutrina
Progressista
Kardec
ressaltou
o
aspecto
do
Espiritismo
como
sendo “aliança
da
ciência
com a
religião”.
Assim é
preciso
notar
essa
interligação
e
levá-la
à
prática
sem
separações,
mas
exercitando-as
de modo
equilibrado.
Será que
estamos?
Vamos
observar
neste
texto
algumas
considerações.
Jesus,
ao
desencarnar,
foi para
o Pai,
entidade
maior
que Ele
(Jo
14:28),
mas
disse
que
rogaria
a Deus
para dar
ao homem
outro
Paráclito,
que
ficaria
com o
homem
eternamente.
Jesus
falava
do
Espírito
da
Verdade
(Jo
16:13),
que
naqueles
tempos o
mundo
ainda
não
podia
suportar
os
ensinamentos,
porque
não o
via nem
o
conhecia;
mas o
homem,
nos
tempos
de hoje,
já o
conhece,
pois
está com
ele e
nele
permanece
(Jo
17:6-26).
Allan
Kardec
registra
que o “consolador
prometido” presidiu
a
instauração
do
Espiritismo
personificado
no
ensino
dos
Espíritos
Superiores,
conforme
aponta
nas
obras
básicas.
Entidades
espirituais
de alta
hierarquia
legaram
ao homem
a Terceira
Revelação,
designada
também
como Revelação
Espírita,
Nova ou
Moderna
Revelação.
Tais
registros
e
minúcias
são
encontrados
em O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo,
de 1864,
nos
capítulos
“Não vim
revogar
a lei –
O
Espiritismo”
(I,
5-6),
“Aliança
da
ciência
com a
religião”
(I,
8-11) e
“O
Consolador
Prometido”
(VI,
3-8); no
livro A
Gênese,
de 1868, nos
capítulos
“Caráter
da
revelação
espírita”
(I,
1-62),
“Predições
do
Evangelho
–
Anúncio
do
Consolador”
(XVII,
35-41).
Nessas
obras
foi
mostrado
que a
Nova
Revelação
é um
traço
que une
ciência
e
religião,
confirmando
a
existência
de um
elemento
espiritual
do qual
o homem
emerge.
Não
caberia
na
prática
espírita
retirar
sua
ciência
experimental,
a qual
deve
estar em
evolução
perene,
porque o
aspecto
religioso
desconectado
da
ciência
experimental
perde
seu
sentido
lógico,
aproximando-se
do
conceito
de
seita,
das
muitas
que
emergiram
na
Antiguidade
e depois
se
apagaram
naquele
mesmo
cenário
antigo.
Kardec
ressalta
que a
Terceira
Revelação
é uma “aliança
da
ciência
com a
religião” e
sela de
modo
inequívoco
o
chamado
tríplice
aspecto
doutrinário,
composto
de
ciência,
filosofia
e
religião.
Assim,
não cabe
a nenhum
adepto
desequilibrar
essa
trilogia
em
benefício
de um
particular
aspecto
favorito,
em
detrimento
de
outro,
porque
assim
estaria
mutilando
a
integralidade
doutrinária.
Se uma
instituição
desequilibrasse
essa
base
tríplice,
posicionando-se,
por
suposição,
unicamente
na
“ciência”,
ela
tenderia
a uma
conexão
radical,
a um
modelo
exclusivamente
lógico,
quase
matemático,
ou,
então,
ao
cientismo
que
apenas
extrairia
o ranço
metafísico
do
conteúdo,
substituindo-o
por
palavras
científicas
de moda,
digeríveis
mais
facilmente
ao
intelecto.
Se
favorecesse
a
“filosofia”,
então
ela
desaguaria
num
filosofismo
de
abstração,
que se
ausenta
do mundo
prático
por
preferir
a
ilusão.
Por
outro
lado, se
apadrinhasse
apenas a
religião,
de
prático
teria
uma
religiomania
efêmera,
própria
das
seitas,
com
seguidores
constituindo
facções
oponentes.
No
movimento
espírita
do
passado,
houve de
fato
tendência
a tal
radicalização,
mas a
sensatez
de
muitos
confrades
evitou o
embate e
promoveu
o
equilíbrio
com o
chamado
Pacto
Áureo,
que veio
harmonizar
o
tríplice
aspecto.
Essas
três
feições
da
Doutrina
Espírita
estão
interligadas
entre si
e não
devem
ser
separadas
sob a
pena de
grave
prejuízo.
Elas
devem
ser
exercitadas
de modo
equilibrado
para
garantir
perenidade
e
expansão
do
Espiritismo,
porque
embora o
aspecto
religioso
seja
invariável,
a
ciência,
ao
contrário,
altera
dia a
dia seus
postulados
e avança
modificando
para
melhor.
Se a
prática
espírita
não for
equilibrada
no
tríplice
aspecto,
o painel
doutrinário
dado por
Kardec —
ao
afirmar
que o
Espiritismo
é uma “aliança
da
ciência
com a
religião” —
ficaria
divorciado
na base,
perderia
sua
originalidade
e seu
equilíbrio.
Todo
modelo
sem
razão
lógica
tende a
decair
na
confiança
pública
e seu
número
de
adeptos
a
diminuir,
rumando
à
extinção.
O único
termômetro
confiável
para
medir
esse
status e
que se
constitui
a única
certeza
para
avaliar
ascensão
ou
declínio
da
Doutrina
é o
recenseamento
oficial,
hoje
dado
pelo
Instituto
Brasileiro
de
Geografia
e
Estatística
(IBGE),
para o
qual
todo
dirigente
e
divulgador
espírita
deve
dedicar
especial
atenção.
Os
números
do IBGE
não
podem
ser
afastados
com
alegações
políticas
sem base
estatística,
no
intuito
de
justificarem
desempenhos
insuficientes,
porque a
realidade
dos
números
não pode
ser
encoberta
com
palavras
vazias,
mas deve
ser
afrontada
com
iniciativas
igualmente
lógicas,
planejadas
e
efetivas
para
superação
de toda
e
qualquer
adversidade.
Cada
instituição
espírita,
cada
dirigente,
cada
veículo
informativo
deve ter
consciência
de sua
responsabilidade
para
fazer o
movimento
espírita
progredir
a passos
largos,
maiores
que o
crescimento
da
população
em que
esteja
inserido,
caso
contrário
a
Doutrina
estaria
regredindo.
O fiel
da
balança
é a
pesquisa
oficial,
que
exige
nosso
raciocínio
lógico e
muito
trabalho
para
promovermos
nos
centros
espíritas
o
preconizado
tríplice
aspecto
doutrinário.
Não
podemos
mais
ficar
presos
ao
passado.
A
pluralidade
dos
mundos
habitados
não pode
mais
ficar
relegada
apenas à
frase já
batida e
rebatida
de que “na
casa do
Pai há
muitas
moradas”.
Hoje, as
naves
espaciais
cortam
os céus
e as
novas
tecnologias
mostram
realidades
e
chances
antes
imaginadas.
A Lua,
em
alguns
anos,
será
base de
laboratório
experimental
e o
planeta
Marte
alcançado
por
naves
espaciais
de alta
tecnologia,
em
missões
conjuntas
de
vários
países.
A base
científica
de
formação
do
Universo,
da vida
na Terra
e dela
estar
presente
em
exoplanetas
distantes
está
cada vez
mais
próxima
da
biociência
e
biotecnologia
da Era
Espacial.
Até a
metade
deste
século
muita
coisa
estará
diferente.
O
conteúdo
cultural
e
informativo
da nossa
sociedade
será
mais
elevado
e sua
visão
evolutiva
exigirá
explicações
mais
atualizadas
do
Espiritismo,
conexas,
inclusive,
com a
chamada
Ufologia.
É
imperioso
fortalecer
o
movimento
espírita
com
iniciativas
e
adequações
que
sintonizem
o
progresso
psicossocial
dos
novos
tempos.
Relendo
Kardec,
em A
Gênese
I, 55: “O
Espiritismo
sempre
assimilará
todas as
doutrinas
progressistas,
de
qualquer
ordem
que
sejam
elas,
chegadas
ao
estado
de
verdades
práticas,
e saídas
do
domínio
da
utopia.
Sem
isso,
ele se
suicidaria”.
Mas na
lucidez
da razão
não pode
chegar a
isso
quem
trabalha
com “verdades
práticas” e
renova-se
com elas
e com a
ciência
adquirindo
mais
vigor —
este não
decai,
não
restringe,
não
esvaece,
mas
prossegue
vitorioso,
com a
religião
no
coração
e a
ciência
no
cérebro
guiando-lhe
por
caminhos
seguros.
PEDRO DE
CAMPOS é
autor
dos
livros: Colônia
Capella; Universo
Profundo; UFO
–
Fenômeno
de
Contato; Um
Vermelho
Encarnado
no Céu; Os
Escolhidos; Arquivo
Extraterreno; Lentulus
–
Encarnações
de
Emmanuel; A
Epístola
Lentuli publicados
pela
Lúmen
Editorial:
E dos
DVDs Os
Aliens
na Visão
Espírita, Parte
1 e Parte
2,
produzidos
pela TV
Mundo
Maior e
lançados
pela Revista
UFO. |