Gratidão e alegria
Almas de bênção, arte, melodia,
Que do Gênio formais a exaltação da luz,
Partilhamos convosco a paz que se irradia
Do vosso festival que recorda Jesus.
Há quem diga que a fé, por si, guarda e revela
Ansiedade e tristeza no semblante,
Expectação de angústia ou sentinela,
Mas toda ideia em Cristo é júbilo constante.
Ei-lo que nasce numa noite em festa
Mesclada de clarões renovadores,
Uma estrela lhe guarda a pousada modesta
Enlaçam-se as canções dos anjos e pastores.
Inicia o divino apostolado
No brilho de simbólico momento;
Recordamos Caná, no lar maravilhado
Numa consagração de casamento.
E lançando o Evangelho, em notas de alegria,
Ante o povo a escutá-lo de surpresa,
É sempre mais amor, a cada novo dia,
Em molduras de Céu e Natureza.
Transmitindo a esperança, em sentido profundo,
Perante a multidão que ele mesmo arrebanha,
Modifica, na base, os destinos do mundo,
Nas lições imortais do Sermão da Montanha.
E além da própria hora derradeira,
Qual se a Terra lhe visse o estranho fim,
Traz a renovação da Terra inteira,
Pela ressurreição ao sol de formoso jardim.
Guarde-nos Deus por nobres diretrizes
A caridade e a paz, como as sabeis compor;
Bendita a festa em que mostrais felizes
A alegria de Cristo e a presença do amor.
Do livro Caminhos do amor, obra psicografada pelo
médium Francisco Cândido Xavier.