Joias da poesia
contemporânea

Espírito: Maria Dolores

 

Gratidão e alegria

 
Almas de bênção, arte, melodia,

Que do Gênio formais a exaltação da luz,

Partilhamos convosco a paz que se irradia

Do vosso festival que recorda Jesus.

 

Há quem diga que a fé, por si, guarda e revela

Ansiedade e tristeza no semblante,

Expectação de angústia ou sentinela,

Mas toda ideia em Cristo é júbilo constante.

 

Ei-lo que nasce numa noite em festa

Mesclada de clarões renovadores,

Uma estrela lhe guarda a pousada modesta

Enlaçam-se as canções dos anjos e pastores.

 

Inicia o divino apostolado

No brilho de simbólico momento;

Recordamos Caná, no lar maravilhado

Numa consagração de casamento.

 

E lançando o Evangelho, em notas de alegria,

Ante o povo a escutá-lo de surpresa,

É sempre mais amor, a cada novo dia,

Em molduras de Céu e Natureza.

 

Transmitindo a esperança, em sentido profundo,

Perante a multidão que ele mesmo arrebanha,

Modifica, na base, os destinos do mundo,

Nas lições imortais do Sermão da Montanha.

 

E além da própria hora derradeira,

Qual se a Terra lhe visse o estranho fim,

Traz a renovação da Terra inteira,

Pela ressurreição ao sol de formoso jardim.

 

Guarde-nos Deus por nobres diretrizes

A caridade e a paz, como as sabeis compor;

Bendita a festa em que mostrais felizes

A alegria de Cristo e a presença do amor.

 

Do livro Caminhos do amor, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita