Automatismo ingrato
“As bênçãos da Providência divina são mais
enriquecedoras que os lances espetaculares da boa
sorte mundana.” (Emmanuel)
Diuturnamente
somos contemplados pelo Criador com uma série de bênçãos
que nos passam despercebidas: “Forças,
amizades, família, lar, aprendizados, palavra, audição,
visão, raciocínio, locomoção, o ar..., enfim, a vida...”
... Tudo isso nos “passa batido”, dado o automatismo de
nossas vidas.
É o automatismo
ingrato!
Parece-nos conveniente só
mostrarmos gratidão perante os “lances
espetaculares da boa sorte mundana”.
Enquanto não possuímos todos os “ídolos” do momento, nos
mostramos infelizes.
E assim vamos idolatrando mídias; celulares; o fausto de
comidas, bebidas e camas; calçados; roupas...
... E quando não os possuímos, infelizes, culpamos a
Deus e a todo o mundo!
Esse automatismo ingrato fica escancarado quando não nos
apercebemos das gratuitas e simples grandes coisas do
cotidiano e já enumeradas. Somente nos damos conta
quando as perdemos.
Falta-nos, já, forças; as amizades somem; família e lar
se destroem; aprendizado e palavra ficam inibidos;
visão, audição e raciocínio enfraquecem; falta-nos o ar
e as pernas; e, finalmente, a vida carnal encurta!
Damo-nos conta, então, de como todas aquelas coisas
simples, graciosas, eram grandes e importantes.
Quando percebemos essas perdas, e já tarde, lembramos da
exortação de Paulo: “Em tudo dai graças!” (I
Tessalonicenses, 5:18).
Então o tempo se escoa e perdemos a sagrada oportunidade
da gratidão.
Recentemente nas parapan-olimpíadas, tomamos excelente
aula de homens e mulheres dando demonstração continental
de superação máxima.
Não esperemos ser engolidos pelas armadilhas de uma
mídia que aí está a nos distrair.
Pois, com o iPod já não mais interagimos
pessoalmente; com o Podcast já não mais
ouviremos; e logo ali desejarão vendar nossos olhos!...
(Sintonia: Xavier, Francisco Cândido, Fonte Viva, ditado
por Emmanuel, Cap. 155, Aprendamos a agradecer; 1ª
edição da FEB) – (Inverno de 2019.)
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