Cirurgia
plástica
A
cirurgia
plástica
se
divide
em
reparadora
e
cirurgia
estética.
A
chamada
de
reparadora,
como o
nome
está a
dizer,
ocorre
quando
visa
reparar
um dano
no corpo
ocasionado
por
algum
tipo de
acidente
ou fator
externo
que
venha a
agredir
a parte
material
e também
emocional
de uma
pessoa.
Para
exemplificarmos,
suponhamos
que
alguém
sofra
uma
queimadura
em
alguma
região
do seu
corpo e
essa
região
atingida
necessite
de uma
reparação
através
de uma
cirurgia
plástica.
Para
ficar
mais bem
explicado,
imaginemos
que a
queimadura
venha
provocar
cicatrizes
que
deformem
alguma
parte do
organismo
que
possa
ser
reparado
–
cirurgia
reparadora
–
através
de uma
cirurgia.
A
cirurgia
plástica
com a
finalidade
estética
já é
diferente.
A pessoa
sente-se
mal com
alguma
parte do
corpo
que não
sofreu
nenhuma
agressão
externa
prévia,
mas
incomoda
muito a
autoestima
de
alguém.
Existe
quem não
goste do
formato
do
nariz,
que é
muito
grande,
ou
adunco
(curvo),
ou tem
um osso
saliente
em seu
dorso.
Essas
pessoas
vão se
submeter
à
rinoplastia,
que é a
cirurgia
plástica
com
finalidade
estética.
Argumentam
que essa
insatisfação
com essa
parte do
corpo
afeta o
lado
emocional
da
pessoa,
o que
devemos
respeitar.
Outros
não
gostam
(homens
ou
mulheres),
não se
sentem
bem com
o volume
da
região
abdominal
e se
submetem
à
cirurgia
denominada
abdominoplastia,
onde
esse
volume é
reduzido
por
técnicas
adequadas.
Nessa
lista
aparecem
aquelas
pessoas
que se
incomodam
com a
gordura
nos
braços,
nas
coxas,
na
região
do
quadril
(culotes)
e
procuram
por uma
lipoaspiração,
que
remove a
gordura
dessas
regiões.
No
quadro
das
cirurgias
plásticas
estéticas
existem
ainda as
próteses
de
glúteos
ou de
panturrilha
(“barriga”
da
perna)
onde são
colocadas
peças
que
aumentam
o volume
dessas
regiões.
Como o
assunto
não é
discutir
sobre
cirurgia
propriamente
dita, a
intenção
desta
introdução
é
lembrar-nos
como
seria
muito
bem-vindo
se
também
nos
incomodássemos
com as
imperfeições
morais
de que
ainda
somos
portadores
e
procurássemos
corrigi-las,
por
serem
motivo
de nos
tirar a
tranquilidade.
Lembra
Emmanuel
que
devemos
cuidar
do corpo
como se
ele
fosse
eterno e
do
Espírito
como se
fôssemos
desencarnar
amanhã.
Já
imaginaram
a
urgência
das
“cirurgias”
da alma
diante
dessa
realidade
do
Mentor?
Irmão
José no
livro Com
Cinco
Pães E
Dois Peixes,
psicografia
de
Baccelli,
assim
comenta
na lição
de
número
40: Esmera-te
em
conhecer
mais as
tuas
deficiências
que as
tuas
virtudes.
Não te
iludas
com
algumas
poucas
qualidades
que
possuas.
Em ti,
há muito
mais a
ser
feito do
que já
fizeste.
Concentra-te
em
vencer
as
inclinações
infelizes,
que, sem
dificuldade,
identificas
em ti.
Toda
criatura
já se
conhece
o
suficiente
para
saber
que
precisa
melhorar.
Se assim
procedêssemos,
quantas
“cirurgias”
na alma
necessitariam
ser
providenciadas!
Aquele
que
reconhecesse
a pouca
capacidade
de
perdoar
e se
sentisse
incomodado
com essa
imperfeição,
procuraria
aperfeiçoar
a
capacidade
de
compreender
melhor
seus
agressores.
Se
aquele
que
reconhecesse
que é
avarento
e isso
fosse
motivo
de
grande
preocupação,
procuraria
doar-se
mais,
por se
sentir
incomodado
com a
sovinice,
lamentável
defeito
do ser!
Se
aquele
que
reconhecesse,
na sua
indiferença
para com
a dor
dos seus
semelhantes,
causa
para
importuná-lo
intimamente,
buscaria
sentir
melhor a
dor
alheia e
providenciaria
o
socorro
necessário.
Se os
que
buscam,
movidos
pelo
orgulho,
as
situações
de
destaque
no mundo
despertassem
para a
brevidade
dos
valores
da
Terra,
despertariam
também
para a
necessidade
de maior
desapego
dos bens
terrenos,
e
providenciariam
a devida
“cirurgia”
na alma
para
remover
essa
imperfeição.
Em
resumo,
se
corrigimos
com a
cirurgia
plástica
os
problemas
do corpo
que,
mesmo
embelezado,
caminha
para a
morte,
como
seria
bom se
utilizássemos
o
“bisturi”
do
Evangelho
para
remover
as
imperfeições
e
recuperar
a saúde
do
Espírito! |