E
conhecereis a verdade, e
a verdade vos libertará
Do Evangelho de João: “disse,
pois, Jesus aos judeus
que haviam crido nele.
Se vós permanecerdes na
minha palavra,
verdadeiramente, sereis
meus discípulos e
conhecereis a verdade, e
a verdade vos
libertará”. (João,
8: 31-32)
Mas que verdade nos
libertará?
Em outra passagem, “respondeu
Jesus: Eu sou o caminho,
a verdade e a vida.
Ninguém vem ao Pai,
senão por mim”.
(João, 14: 6)
Jesus revelou a verdade
divina pela Palavra que
liberta aqueles que
creem e praticam os seus
ensinamentos e exemplos
como roteiros de vida.
A verdade de Deus é
absoluta, única, eterna
e imutável. “A
caraterística essencial
de qualquer revelação é
ser a verdade. (...)
Toda revelação
desmentida pelos fatos
deixa de o ser, caso
seja atribuída a Deus.
E, visto que não podemos
conceber Deus mentindo,
nem se enganando, ela
não pode emanar dele;
logo, deve ser
considerada produto de
concepção humana.” (Allan
Kardec. A Gênese.
Capítulo I, item 3.)
No entanto, importante
recordar a passagem do
Consolador Prometido
pelo Mestre: “Jesus
disse: ainda tenho muito
que vos dizer, mas vós
não o podeis suportar
agora. Mas, quando vier
aquele Espírito de
Verdade, ele vos guiará
em toda a verdade;
porque não falará de si
mesmo, mas dirá tudo o
que tiver ouvido, e vos
anunciará o que há de
vir”. (João 16:
12-13)
“Se, pois, o Cristo não
disse tudo quanto
poderia dizer, é que
julgou conveniente
deixar certas verdades
na sombra até que os
homens estivessem em
condições de
compreendê-las.” (Allan
Kardec. A Gênese.
Capítulo I, item 26.)
Assim, o conhecimento da
verdade é proporcional à
nossa evolução moral,
intelectual e
espiritual, sendo que as
revelações divinas
sempre ocorrerão quando
pudermos assimilar e
suportar os seus
conteúdos.
A verdade nos libertará
à medida que evoluirmos
e adquirirmos a
capacidade de
compreendê-la no serviço
dignificante da prática
do bem junto aos nossos
semelhantes.
Logo, conhecer a verdade
tem sentido mais
profundo, precisando ser
penetrada e assimilada
para favorecer o combate
das nossas imperfeições,
passando pelas provas
evolutivas que Deus nos
impõe rumo à perfeição
relativa à Humanidade,
tendo Jesus como modelo
e guia.
Pelo livre-arbítrio,
temos que acolher a
semente libertadora da
Palavra do Semeador
divino, sendo solos
férteis para germinar a
luz dentro de nós,
desenvolvê-la, florescer
e, depois, dar bons
frutos. Para tanto,
precisamos da devida
preparação e do
amadurecimento
espiritual, o despertar
da alma.
Da luta renovadora,
somos convocados a fazer
escolhas mais acertadas,
administrar o tempo,
ampliar sentimentos,
desenvolver virtudes,
cultivar, sobretudo, a
solidariedade, e nos
prestarmos à prática da
caridade.
Não seremos libertos
pelas verdades
provisórias de que
sejamos detentores.
Devemos nos colocar como
seres receptivos para a
verdade divina, única,
absoluta, eterna e
imutável.
A libertação pela
verdade é longo processo
pelo trabalho incessante
na prática do amor ao
próximo como a si mesmo.
A prática do amor
incondicional, sem
esperar retribuição ou
até mesmo gratidão. É o
amor pelo amor que
perdoa, faz caridade,
tem misericórdia e
piedade, não é orgulhoso
e tampouco egoísta.
Quando chegar este
momento, ou a hora do
despertar, depois da
devida preparação e
amadurecimento
espiritual, diremos:
conhecemos a verdade, e
a verdade nos libertará!
Bibliografia:
BÍBLIA
SAGRADA.
KARDEC,
Allan; tradução de
Evandro Noleto Bezerra. A
Gênese. 2ª Edição.
Brasília/DF: Federação
Espírita Brasileira,
2013.
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