Decisão fundamental no Natal
A primeira atitude daquele homem foi descer do animal,
um cavalo ou um camelo. Em sua caminhada encontrou
aquele homem ferido que havia sido desprezado por dois
outros que ali passaram, conforme narra a conhecida
Parábola do Bom Samaritano. Todo mundo conhece a
parábola, nem é preciso narrar novamente. Seus
personagens e desdobramentos são muito conhecidos e as
lições morais daí decorrentes igualmente tocam o coração
humano com lições incomparáveis.
Deixemos, todavia, aquelas lições já conhecidas,
divulgadas e disponíveis para quem deseja ampliar o
assunto e conhecer mais. Fixemo-nos na ocorrência da
decisão do terceiro personagem, o bom samaritano, que
encontrou o homem caído e ferido.
Sua primeira atitude foi descer do animal que o
transportava. Isso não se deve apenas ao fato da
comodidade de estar mais próximo, mas mostra a postura
de decisão, de humildade principalmente, ao aproximar-se
do enfermo caído. Antes de qualquer outra iniciativa de
apoio que se sucedeu, como conhecida, ele antes desce do
animal, aproxima-se, verifica a necessidade, para
depois, então, agir como exigia o momento.
A ocorrência é repleta de ensinos. Ele sentiu a dor
alheia, preocupou-se com a dificuldade, não se manteve
no pedestal da facilidade de locomoção que se encontrava
– o que naturalmente pode ser comparado com as
facilidades do nome, do cargo, da posição social, entre
outras circunstâncias –, que todos normalmente
desfrutamos.
Ao aproximar-se, providenciou o que era necessário, como
conhecido. Antes, a indiferença dos outros dois
personagens. Sua aproximação, contudo, mudou todo o
quadro da história. Desceu do animal com a disposição de
ajudar, de fazer-se presente no que era necessário, de
levar adiante as providências que o momento exigia.
As lições preciosas da citada parábola estão em todo o
trecho. Desde o orgulho e a indiferença dos outros dois
personagens, e ganha destaque já a partir da decisão de
socorrer o infeliz, quando, então, desce do animal.
Sim! Precisamos observar atentamente este dado inicial
da parábola. Também precisamos descer dos pedestais do
orgulho, do egoísmo, da prepotência, da vaidade, da
indiferença. Na verdade, trazemos conosco o dever de
atenuar as agruras alheias. Fácil? Nem sempre! Muitos
desafios se apresentam nessa decisão de auxiliar a quem
precisa, mas é importante que não permaneçamos
indiferentes, que façamos o que esteja ao nosso alcance.
E esta decisão não se resume apenas no socorro à
dificuldade alheia. Ela pode ser ampliada por meio da
boa vontade e da disposição em ser útil. Também se
encaixa perfeitamente em facilitar o andamento das
providências e ocorrências do cotidiano. Seja no trato
com um animal doméstico, com uma criança, com idosos,
com outros adultos de nosso relacionamento, perante as
providências diárias, na vida social, familiar ou
profissional.
Desçamos, pois, de nossas pretensões. Aproveitemos a
bela lição para rever nossos próprios comportamentos
perante perspectivas da própria vida e principalmente
perante as dificuldades alheias... Especialmente agora
que o Divino Convite novamente chega ao coração de todos
nós com a sublime mensagem do Natal...
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