Estamos assimilando a Boa Nova?
Desde bebê, quando algo queríamos
Era só o mais alto berreiro prantear.
Na infância e adolescência a explorar
Continuamente aprendendo, muitas vezes
Nem percebendo, o que de relevante agregar.
Na vida adulta, situações de amargar; com o trabalho,
Com a família e com o bolso, os boletos a pagar.
E nos assuntos do amor, equívocos variam ao infinito
Mas há um guia disponível a toda prova, é a Boa Nova, é
infalível.
O que aprendo com o evangelho de Jesus
Não deveria teorizar e sim o mais importante e
essencial:
Que é, em meus atos, praticar.
Distrações e o comércio das notícias infelizes em tempos
onde a informação nos chega através da mídia televisiva,
da internet, mesmo sem a buscarmos, muitas dessas
informações são fúteis, desnecessárias, diria até
prejudiciais. E fica uma pergunta: é para ficar alheio
ao que acontece no mundo?
Eu reporto à assertiva de Paulo que escreveu: Tudo me é
licito, mas nem tudo me convém.
Imagine um dia inteiro de imagens e informações sobre
ações infelizes de todo o tipo, o que isso pode
acarretar para a economia de nossa saúde mental? A mídia
demanda o que nos compraz em assistir. São escolhas.
Escolher e em tempos de especulações, fake news e
polêmicas, haverá sempre a possibilidade de escolhermos
que tipo de notícias que agregam valor ao conhecimento e
à sua manutenção sobre o que ocorre no Mundo.
Jesus nos ensinou muito através dos sermões, das
parábolas, e principalmente através de seus atos. E no
livro de Tiago, nós temos uma ideia do que precisamos
fazer com esses ensinamentos:
“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente
ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”.
Se faz necessário ouvir e aprender o que traz relevância
para a construção e/ ou manutenção de valores, então
levanto a questão, somos ouvintes ou praticantes? Ou os
dois, ou nenhum dos dois?
Antes de praticar se faz necessário ouvir, aprender.
Recordemos da sala de aula aquela disciplina tediosa,
mesmo assim houve um esforço para tirar a nota mínima
para não reprovar.
Algumas disciplinas, como paciência, tolerância,
indulgência, cortesia, ética, respeito, perdão, doçura,
bom humor, são aprendidas. Algumas temos facilidade,
outras são bem complicadas.
E o que cabe a nós sobre a boa nova sobre Deus é termos
uma compreensão amena e clara dentro das nossas
possibilidades.
Amena, porque é agradável, a compreensão é gradual, sem
culpas, e há uma compreensão da imperfectibilidade.
E clara porque se refere a fé, ter fé em algo que não se
conhece, que não está claro, esse é o grande lance.
Jesus nos deu muito material para aprendermos, mas
existe um em especial que de tanto repetir nós
aprendemos, a questão é: apreendemos? Esse material está
registrado no Evangelho de Mateus, quando o Cristo nos
ensina a prece do Pai Nosso. Meditemos. Jesus ensinara
para que apenas saísse dos lábios a oração, ou que a
praticássemos?
Em O Evangelho segundo o Espiritismo, os
Espíritos se referem à oração do Pai Nosso como o mais
perfeito modelo de concisão, verdadeira obra-prima de
sublimidade na simplicidade.
Qual a importância de ouvir, guardar e refletir sobre o
evangelho?
Evoluir sempre é a lei do Progresso. Não existem
fórmulas prontas para sermos melhores que ontem. Porém,
a reflexão sobre a moral que realizamos todos os dias
nos levará a saber a verdade sobre quem somos.
Aprender sobre si mesmo e ser imparcial quer dizer,
diante de todo pensamento, sentimento e ato, refletir
diante do que já se tem consciência e escolher de acordo
com as elucidações evangélicas sem esquecer, e não por
isso, agir, por causa da tão grande nuvem de
testemunhas.
Para ser uma pessoa moralmente esforçada, que entende e
segue o evangelho, é preciso ser uma pessoa muito
estudada, de muita cultura, versada, ou detenha títulos
acadêmicos?
Recorremos a O Livro dos Espíritos:
O progresso moral segue sempre o progresso intelectual?
— É a sua consequência, mas não o segue sempre
imediatamente.
a) como o progresso intelectual pode conduzir ao
progresso moral?
— Dando a compreensão do bem e do mal, pois então o
homem pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio
segue-se ao desenvolvimento da inteligência e aumenta a
responsabilidade do homem pelos seus atos.
Quanto mais se entende sobre as escolhas, as que
coadunam com as leis divinas e as que ferem, mais se é
responsável, e as distrações são inúmeras de todos os
tipos, atrativos, gostos e tendências, por isso o
esforço em vencer o que possa dar espaço às distrações e
ter a responsabilidade de se assumir como é, se burilar
com autoamor e coragem, contando com a oportunidade de
servir, é ser um movimento da Boa Nova.
Jesus disse: a quem muito foi dado, muito será cobrado.
Assimilar o seu evangelho, não querer teorizar e tomar a
diretriz mais importante e essencial, que é nos atos,
praticar.
Precisamos urgente aplicar o que aprendemos, precisamos
crescer. É o que nos chama a reflexão de Paulo, “Quando
eu era menino, falava como menino, pensava como menino e
raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei
para trás as coisas de menino”.
Referências bibliográficas:
BÍBLIA, N. T. 1 Coríntios, Paulo.
Cap. 6:12.
BÍBLIA, N. T. Tiago.
Cap.1:22.
BÍBLIA, N. T. Mateus.
cap. 6:9-13.
Kardec, Allan. O Evangelho segundo o
Espiritismo. Tradução de Matheus Rodrigues de
Camargo. 1° edição. 40° reimpresso. Capivari. São Paulo.
Editora EME. 2000. Capítulo 28. It. 3.
Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos.
Tradução de Salvador Gentile. 175° edição. Araras. São
Paulo. Editora IDE. Cap. 8. 3ª Parte, Leis Morais, Q.
780.
BÍBLIA, N. T. Lucas
12:48.
BÍBLIA, N. T. 1 Coríntios, Paulo.
Cap.13:11.
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