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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

Renovação espiritual


No alvorecer de um novo ano, as esperanças se redobram para que tenhamos saúde, paz e prosperidade. Nesse contexto em que os corações ainda palpitam os eflúvios do Natal, todos nós buscamos conquistas ainda não alcançadas no plano material. Parece-nos ser essa a nossa rotina.

As festividades de final de ano são repletas de presentes, mesas fartas e muita alegria. Contudo, como a vida corpórea é efêmera, precisamos valorizar com muito mais ênfase a vida do Espírito que é o que permanece após o desencarne. É nele que se encontra nossa “consciência” e dela jamais se desvinculará.

Pensemos nisso! Ano novo, ano de renovação! Renovação Espiritual! Renovar é recriar, alterar, substituir. As vestimentas já o foram desde o Natal, mas, e o nosso interior? Procuremos desde já essa renovação que será a melhor tarefa que poderemos realizar. É esse o caminho que nos conduzirá a Jesus pelo seu exemplo, conforme temos em João 14:6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.

No livro Mais Luz, capítulo Fraternidade, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Batuíra, encontramos: “(...) Fomos, sim, chamados a entender e servir e, por isso mesmo, urge permanecer no posto do trabalho e da bênção, amparando os outros em nome d`Aquele cujas mãos não cessam de guardar-nos o coração e iluminar-nos o raciocínio, hoje como ontem, agora quanto sempre".

Esse deve ser o nosso objetivo precípuo. Perscrutar o nosso íntimo e interrogar como está nossa vida como seres humanos e cristãos. O que fizemos de bom no ano que finda? O que deixamos de realizar por omissão ou descompromisso com os nossos semelhantes?

Observemos os que nos rodeiam e do que necessitam. Façamos desabrochar o sentimento de caridade, não porque bateram à nossa porta, mas por alcançarmos no dia a dia a dor e o sofrimento de tantos que ignoramos. Esforcemo-nos para sair da “zona de conforto” e busquemos as dificuldades alheias levando o necessário alento.

Essa é a renovação que mais precisamos realizar. Aqueloutras materiais fazem parte da rotina e infelizmente é a que priorizamos. Lembremo-nos sempre de que nada temos; tudo nos foi emprestado pelo Criador. Tanto é verdade que a qualquer momento tudo poderemos perder...

O sentimento de fraternidade natalina precisa romper os dias de dezembro. O nosso convívio como irmãos, filho de um único Pai, continua além-túmulo, pois pertencemos à Família de Deus.

No livro O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo XIV, item 8, temos: “(...) Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações”.

Sendo participantes da Família Universal, procuremos vivenciar a fraternidade de forma incondicional para com todos os nossos irmãos, já que esses vínculos são indeléveis, impondo-se ainda essa conduta para a nossa evolução moral.

Encontramos no mesmo livro, capítulo IV, item 18: “Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói”.

Referimo-nos, também, ao livro O Despertar do Espírito, capítulo Relacionamentos Sociais, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, pg. 67: “(...) Nessa busca saudável de comunhão com os semelhantes, a alegria se irradia em forma de otimismo e esperança, que são fundamentais à existência equilibrada”.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita