Os que
partiram
antes!
Atravessamos período de aperto no coração, pois o dia 2
de novembro nos reporta aos entes queridos que partiram
antes de nós. Perguntamos sempre para onde foram as boas
conversas, o convívio, já que isso nos faz falta.
De fato, não existe dor maior que a separação pela morte
física de quem amamos, cujo vazio só é diminuído com o
passar do tempo, mas, esquecer, ninguém esquece,
principalmente quando a separação se deu por meio de
tragédia ou violência.
Mas os que partem não desaparecem, pois que nada na vida
é aniquilado, como disse o filósofo francês Léon Denis.
Nada se perde, tudo se transforma, como mencionou
Lavoisier, químico francês, o que reforça a tese de
muitas religiões de que a vida continua, e que
continuamos a existir no Plano Espiritual após um tempo
de convivência neste Plano Carnal.
Todos nós recebemos um tônus vital para permanecermos
determinado tempo aqui na Terra, pois que, mesmo antes
de nascermos, sabemos o tempo previsto de nossa estada
aqui, e quando esse tônus se esgota retornamos à pátria
espiritual que é a nossa verdadeira vida, já que esta é
apenas uma rápida passagem para o Espírito que somos.
Claro que podemos abreviar nosso tempo aqui e retornar
antes. É o que ocorre em razão do suicídio, pois que
este ato violento não faz parte de nossa programação, e,
neste caso, o corpo continua impregnado do tônus
mencionado. Mas isso é assunto bastante sério para um
outro artigo.
Jesus nos demonstrou, quando por aqui esteve, que não
morremos, pois Ele mesmo venceu a morte quando
reapareceu depois do passamento pela crucificação. Então
temos aí o convencimento de que existe apenas uma
mudança de roupagem e habitação.
Para quem se vai é muito triste sentir e saber que foi
esquecido. Por outro lado, causa grande satisfação ao
Espírito que se foi saber que sempre é lembrado vivo na
espiritualidade, pois, certamente, havendo amor
vinculante verdadeiro, acontecerá reencontro em vidas
futuras, pois Deus nos criou para sermos eternos.
Mas no dia de finados, ou durante a semana, quem sentir
vontade de visitar a sepultura que o faça, pois existem
pessoas que sentem necessidade desse procedimento, muito
embora saibamos que no referido local nada mais existe,
pois o que sobrevive é o Espírito, e o importante é que
nos lembremos dos que se foram com muito carinho,
ressaltando as boas conversas, os atos enaltecedores,
deixando de lado os comentários desagradáveis que em
nada somam ao serem recordados ou comentados.
Lembremos sempre que a dor do passamento é dolorosa nos
dois planos.
E aproveitando este momento de leitura, vamos elevar o
pensamento a todos que já partiram, pedindo aos
Benfeitores Espirituais que levem nossas emanações
mentais de amor em forma de pétalas de rosas a todos
aqueles que se encontram na espiritualidade, e,
portanto, vivem. Que Jesus possa atendê-los e projetar
Sua luz maravilhosa indicando-lhes o caminho a seguir.
Assim seja.