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por Eurípedes Kühl

 

Deus, nós e o coronavírus


Irmãos e irmãs: estejamos com Jesus, sempre.

Minha família e o filho casado estamos confinados, há dias, cada um em sua casa, por causa do coronavírus...

— Fazer o quê?

Essa pergunta, tão sintética, esconde a resposta, com o bom senso tentando dizer-nos que o principal a fazer é VIVER!

Viver e ORAR! Isso, porque outra não é a razão e a melhor forma de estar na Vida, aqui, a bordo da nossa existência terrena.

Para viver no planeta Terra, não há ninguém que possa dispensar, pouco ou muito, o apoio ou a companhia de outrem. Ninguém! Nem mesmo o eremita, lá no quase inacessível alto da montanha, ou no interior de uma gruta: como decidiu pela clausura e imobilidade, espontâneas, nada faz para saciar suas necessidades orgânicas, por exemplo: alimentar-se. Se ninguém atendê-lo, a breve tempo morrerá de fome... Seja por troca (de provimentos), precisará “trabalhar”, no caso, “atendendo” crédulos em seu poder...

Nos dias atuais emerge a indispensável necessidade de união global. Deus nos criou para vivermos gregariamente, isto é, em conjunto com outros seres humanos. Para começar a Vida, a Engenharia Divina engendrou a família e o lar — instituições divinas, das mais abençoadas; de quebra, convivendo em nossa casa, com animais domésticos (isso, naturalmente; aqueles que quiserem tal companhia). Pessoas há, no entanto, que convivem com muitos, são ativas, participativas com a família e socialmente, mas moram sozinhas.

Num e noutro caso, para a paz, indispensável a presença, vivência e convivência do Amor. Ele, o Amor funciona, primeiro, como liga da família: na vivência une afetos, dissipa desafetos; a seguir, ilumina a convivência com aqueles e com outros seres.

Essa, a diretriz divina para a evolução da Humanidade toda!

Aqui em casa, agora, com o coronavírus se espalhando por praticamente todos os países, desde alguns dias e nos próximos estamos e estaremos seguindo os protocolos científicos mundiais: evitar sair de casa, incorporação de novos hábitos de higiene, mormente nas mãos, olhos, nariz e boca, rígido confinamento domiciliar, principalmente quanto aos idosos.

Esse, o panorama material dessa pandemia: infelizmente o que se vê é excesso de notícias / destempero dos comunicadores da mídia em geral / sofreguidão em informar o número de “positivos” e de óbitos — tudo isso gerando pânico...

E do pânico resulta o medo, que segundo o Governador da Cidade espiritual “Nosso Lar”[1] é classificado como dos piores inimigos da criatura, por alojar-se na cidadela da alma, atacando as forças mais profundas.

O mundo já enfrentou outras crises, sempre trágicas, causando muito mais mortes. Mas em nenhuma delas se viu tal exagero noticioso, praticamente de todas as mídias, com divulgação em tempo integral, desencadeando progressão pelas redes sociais — geométrica, quanto trágica.

A Doutrina dos Espíritos nos acalma, explicando que a Justiça Divina (leia-se “Leis Divinas - Morais e Materiais”) jamais põe “cruz em ombro errado”. E mais: sendo este um mundo de “provas e expiações”, quem carrega sua cruz é porque tem forças e condições de fazê-lo — nesse caso, a resignação é abençoado bálsamo, decorrente da Fé, que abre o coração para o Amor de Deus...

Datas de nascimento e de desencarnação são estabelecidas para todos os seres vivos pelo Plano Maior, antes do nascimento de cada um...

Lembro-me de como Chico Xavier, num momento difícil para ele, ouviu de uma mensageira celestial: “Tudo passa... Tudo passa... Isso também passará e só não passarão as coisas de Deus”.

Se a hora mundial preconiza cuidados físicos, o escudo da Fé recomenda oração e confiança no Pai! Ele sempre quer o nosso bem.

Envolva-nos a paz que Jesus nos deu e nos deixou.


 

[1] Do livro “Nosso Lar”, autor espiritual

 André Luiz, psicografia de Francisco C. Xavier, cap. 42, pg. 230, 48ªEd., 1998, FEB, Brasília/DF.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita