Glória ao bem
Embora a angústia que te rasga o peito,
Lacerando-te o ser, exausto e aflito,
Chagado crente de celeste rito,
Vive o culto do Amor, puro e perfeito.
Atormentado, exânime, proscrito,
Sob as flagelações do trilho estreito.
Ergue a flama sublime do Direito,
Alçando a fronte à glória do Infinito!
Sacrifica-te e sofre, mas não temas.
Vence a aflição das últimas algemas,
Rompendo a ganga dos terrestres lastros!
E, ave fugindo aos cárceres medonhos,
Remontarás, além dos próprios sonhos,
No roteiro mirífico dos astros.
Do livro Poetas redivivos, de
autores diversos, psicografado pelo médium Francisco
Cândido Xavier.