Conselhos
Você me pede conselhos,
Meu caro Joaquim Belém,
Mas ainda estou mambembe,
Não posso guiar ninguém.
A morte não é prodígio,
É tão só ato de lei.
Continuo a ser Jair,
Apenas desencarnei.
Notando a sinceridade
Que o seu pedido traduz,
Peçamos, nós dois, ao Céu
Equilíbrio, paz e luz.
Fujamos da esnobação
Que vem de cabeça oca,
Conservemos com cuidado
Muita cautela na boca.
Para fazer bem aos outros,
Cultivemos ação pronta,
Esquecendo tudo aquilo
Que não é de nossa conta.
Eu não posso dar conselho…
Estou criando juízo;
Qualquer conselho que eu dê,
Estou dando o que preciso.
Do livro Ponto de encontro, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.