Joias da poesia
contemporânea

Autor: Jair Presente

 

Conselhos

 

Você me pede conselhos,

Meu caro Joaquim Belém,

Mas ainda estou mambembe,

Não posso guiar ninguém.

 

A morte não é prodígio,

É tão só ato de lei.

Continuo a ser Jair,

Apenas desencarnei.

 

Notando a sinceridade

Que o seu pedido traduz,

Peçamos, nós dois, ao Céu

Equilíbrio, paz e luz.

 

Fujamos da esnobação

Que vem de cabeça oca,

Conservemos com cuidado

Muita cautela na boca.

 

Para fazer bem aos outros,

Cultivemos ação pronta,

Esquecendo tudo aquilo

Que não é de nossa conta.


Eu não posso dar conselho…

Estou criando juízo;

Qualquer conselho que eu dê,

Estou dando o que preciso.

 

Do livro Ponto de encontro, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita