Morrer
jovem, o mais tarde
possível
Nascimento é um motivo
de festa. Da mesma forma
casamento, nos tempos
atuais, porque
antigamente muita gente
casava forçado e com
quem não gostava, para
atender acordos
familiares. E também por
engravidar a namorada,
sem que estivesse
pensando em casamento.
Mas no Brasil duas
coisas são certas. Desde
que você nasce, vai
pagar imposto e também
vai deixar o corpo um
dia. Não é morte. Essa
história é um primeiro
de abril bem contado – o
que existe é a vida na
dimensão plena.
Ao nascer no Brasil, a
expectativa de vida do
brasileiro atinge 76,3
anos, segundo o jornal
Folha de S. Paulo de 28
de novembro de 2019,
mas, na verdade, a
pesquisa mostra que o
homem tem uma média de
72,8 anos e a mulher de
79,9 anos, dados do IBGE
de 2018.
Essa expectativa de
aumento de vida no corpo
está relacionada a
vários fatores, como:
avanços médicos,
melhorias sanitárias
(acesso à água tratada e
esgoto), crescimento
econômico do país,
aumento do consumo,
produzindo uma melhor
qualidade de vida, bem
como melhorias na
educação, saúde,
assistência social e
segurança no trabalho.
Algumas pesquisas
médicas apontam que a
espiritualidade
vivenciada também é
fator para maior
longevidade das pessoas.
A saúde traz uma
liberdade que poucas
pessoas valorizam e
conseguem perceber, até
que não a tenham mais e
sintam que a morte se
aproxima. O nosso ideal
seria morrer jovem,
porém, o mais tarde
possível. O corpo é uma
coisa tão boa, que se
você cuida bem dele vai
durar a vida toda.
Para uma vida plena,
lembre-se da morte, e
para viver uma vida
toda, cuide do corpo:
alimentação balanceada e
saudável, exercício
físico, sono reparador,
trabalho pessoal e
voluntário e
compartilhamento
familiar e social.
Cada dia, cada mês, cada
ano que passa é um a
menos em nosso tempo
nessa estação. Cada
aniversário é mais uma
primavera que se
comemora, mas também tem
o verão, o outono e o
inverno.
Muitos dos que
caminhavam conosco de
nós se apartaram, a
viagem segue e devemos
lembrar que as árvores,
enfrentando as estações,
estão se fortalecendo, e
após a poda Deus
multiplica os seus
frutos, e nós devemos
também nos fortalecer
espiritualmente e
multiplicar nossos
frutos no bem.
Muitos são os
arrependimentos daqueles
que preveem a morte do
corpo próxima e lamentam
as escolhas que fizeram.
“Eu gostaria de ter tido
a coragem de viver uma
vida mais verdadeira
para mim, e não aquela
que as pessoas esperavam
de mim.” Este é o
arrependimento mais
comum que as pessoas
percebem quando as
forças do corpo físico
estão para acabar; elas
olham para trás com mais
lucidez e veem
facilmente a quantidade
de sonhos que não foram
concluídos e o bem que
não realizaram.
Arnaldo
Divo Rodrigues de
Camargo é editor da
Editora EME.