Herdeiros
de
Milênios
Os
episódios
da
tentação
de Jesus
respondem
a nós,
criaturas
humanas
em
evolução,
sobre as
investidas
morais a
que
permanecemos
expostas
por
imposição
de nosso
aprendizado
e
aferição
de
valores.
Obviamente
Jesus,
na
condição
de
Espírito
puro,
não pode
ser
tentado
por
completa
ausência
de
vínculos
com a
matéria
terrena
e seus
sistemas
ilusionistas.
Sendo
assim, o
trabalho
do
Cristo
em
didática
sublime,
própria
dos
mestres
que
operam
no
Cosmos,
tem
endereço
certo:
nossas
aflições
e
necessidade
de
fixação
do que é
divino.
O que
nos
remete a
Tiago,
no
capítulo
1,
versículo
14: “Mas
cada um
é
tentado,
quando
atraído
e
engodado (iludido)
pela sua
própria
concupiscência (cobiça,
ganância)”.
Geralmente,
ao
surgirem
grandes
males,
imputamos
a Deus
as
causas
que
determinaram
o
desastre.
Tardiamente
lembramos
de que o
Pai é
todo
poderoso
e
alegamos
que a
tentação
somente
poderia
ter
vindo do
Divino
desígnio.
No
entanto,
a
observação
de Tiago
é
roteiro
certo
para
analisarmos
a origem
das
tentações.
Recordemos
de que
cada dia
tem
situações
magnéticas
específicas
e por
isso
necessitamos
considerar
a
essência
de tudo
o que
nos
atraiu
no curso
das
horas,
eliminando
assim os
próprios
males e
atendendo
ao bem
que
Jesus
nos
deseja.
Isso
porque
nossa
vida
mental é
conduzida
segundo
os
interesses
que nos
dominam,
expondo-nos
a
desvios
ou
renovando-nos
perspectivas.
Por essa
razão
Jesus
veio ao
Mundo,
para
atender
a fome
moral, a
sede da
alma,
ofertando-nos
as
orientações
supremas
de Vida
e Amor.
Embora
dotado
de
autoridade
elevada
perante
a
evolução
terrestre,
o Mestre
não
ministrou
o ensino
por si
próprio,
mas
refletiu
as
soberanas
Leis do
Pai. No
Evangelho
de
Lucas,
capítulo
10,
versículo
26,
podemos
observar
Jesus
analisando
o
entendimento
dessas
Leis na
intimidade
de um
coração,
quando
ao ser
tentado
por um
mestre
da Lei
Antiga,
a Torah,
Dele
indaga: “Que
está
escrito
na Lei?
Como lês?
Sem nos
referirmos
ao vasto
círculo
de
pessoas
ainda
indiferentes
às
lições
do
Evangelho,
poderemos
reconhecer,
mesmo
entre os
aprendizes,
as mais
diversas
tendências
no que
se
refere
ao
problema
do
estudo e
aprendizado,
como,
por
exemplo,
aqueles
que
buscam
motivos
tristes
por
cultivar
a dor,
tanto
quanto
os que
se
arvoram
em
caçadores
de
gargalhadas.
No
entanto,
com a
iluminação
espiritual
conquistada,
cada
coisa
permanecerá
em seu
lugar,
orientada
no
sentido
próprio
de
utilidade
justa.
Podemos
então
perguntar
o que
verdadeiramente
procuramos:
emoções,
consolo,
entretenimento?
Não
olvidemos
que o
Mestre
pode
também
nos
interrogar:
Como
lês? O
que lês?
Portanto,
no
estudo
doutrinário
do
Espiritismo,
deduzimos
que as
experiências
somadas
no tempo
tornam-se
segurança,
alicerces
de
projeção
para
cada um
de nós,
em
nossos
movimentos
de
progresso
e
expansão.
Assim,
temos a
expressão
da
pedra,
por zona
de
domínio
a nos
assegurar
estabilidade
íntima,
como
esclarece
Mateus,
no
capítulo
4,
versículo
3: “Aproximando-se
o
tentador,
lhe
disse:
Se és
filho de
Deus,
diz para
que
estas
pedras
se
tornem
pães”. Transformar
pedra em
pão tem
sido a
grande
luta da
comunidade
humana.
O poder
do
espírito
consciente
de seus
deveres
é capaz
de
transformar
esse
quadro
pelos
componentes
da boa
vontade.
Todavia,
o
ensinamento
de Jesus
de que
nem só
de pão
viverá o
homem
esclarece-nos
que a
luz da
fé
raciocinada,
quanto
às
condições
transitórias
da
existência,
torna-se
caminho
de
iluminação
e
bênçãos
regeneradoras.
Aplicar
esse
admirável
conceito
evangélico
ao
imenso
campo do
mundo é
trabalho
de cada
um de
nós,
exigindo
renúncias
e
sacrifícios.
Não
obstante
os
nossos
desejos
imediatistas,
ou mesmo
caprichos
e
paixões
acerca
de
pessoas
e
condições
existenciais,
por
indução
dos
hábitos
adquiridos
no
passado,
é de
fundamental
importância
atender
aos
desígnios
divinos,
é a
afirmação
da
legitimidade
evolucional,
quando a
individualidade,
mesmo em
lutas de
reafirmação
moral,
passa a
experimentar
alegrias
íntimas,
até
então
desconhecidas,
como
assevera
João, no
capítulo
6,
versículo
63:“O
Espírito
é o que
vivifica,
a carne
não
auxilia
em nada;
as
palavras
que eu
vos
disse
são
espírito
e vida”.
Herdeiros
de
milênios,
gastos
na
recapitulação
de
muitas
experiências,
vivemos
até
agora,
quase
que à
maneira
de
embarcação
ao gosto
da
correnteza,
no rio
dos
hábitos
aos
quais
nos
ajustamos
sem
resistência.
Neste
círculo
vicioso,
permanecemos
sob o
domínio
da
ignorância
aquietada,
procurando
enganar-nos
depois
do
berço,
para
desenganar-nos
depois
do
túmulo.
A
evolução,
contudo,
impõe a
instituição
de novos
costumes,
a fim de
que nos
desvencilhemos
das
fórmulas
inferiores,
em
marcha
para
ciclos
mais
altos da
existência.
Por essa
razão,
vemos no
Cristo o
marco da
renovação
humana;
um
programa
de
transformações
viscerais
do
Espírito,
que
altera
os
padrões
da moda
moral em
que a
Terra
vive há
numerosos
milênios.
Toda
passagem
do
mestre
entre
nós,
desde a
manjedoura
que
estabelece
a norma
da
simplicidade
até a
cruz
afrontosa,
cria a
prática
da
serenidade
e da
paciência
com a
certeza
da
renovação
para a
vida
eterna.
O
messianato
de Jesus
é um
resplendente
conjunto
de
reflexões
do
caminho
celestial
para a
redenção
do
caminho
da
humanidade.
Até o
momento,
no
mundo, a
nossa
justiça
cheira a
vingança
e o
nosso
amor
expande
ao
egoísmo,
pelo
reflexo
condicionado
de
nossas
atitudes
irrefletidas
nos
milênios
que nos
precedem
o hoje.
Somente
aderindo
à
bondade
e ao
entendimento,
com a
obrigação
de
educar-nos
e com o
dever de
servir,
colaborando
com a
segurança
e a
felicidade
de
todos,
mesmo à
custa de
nosso
sacrifício,
poderemos
refletir
em nós a
verdadeira
felicidade,
por
nutrirmos
o
verdadeiro
bem.
Os
ensinamentos
de
Jesus,
nos
princípios
espíritas
cristãos,
constituem
sistema
renovador,
indicação
do
caminho,
roteiro
de ação,
diretriz
no
aperfeiçoamento
de cada
ser. A
lição do
Cristo
também é
comparável
à fonte
e ao
pão, ao
fator
equilibrante
e ao
medicamento,
que são
fundamentalmente
os
mesmos
em toda
parte.
Além das
lágrimas,
aprendamos
igualmente
a
pensar,
a
purificar-nos,
a
reerguer-nos
e a
servir.
A
necessidade
da alma
é
semelhante
à sede
ou à
fome, ao
desajuste
moral ou
à
moléstia,
que são
iguais
em
qualquer
clima.
Portanto,
bom
gosto,
harmonia
e
dignidade
na vida
exterior
constituem
dever;
porém,
não nos
esqueçamos
da
pureza,
da
elevação
e dos
recursos
sublimes
da vida
interior
com que
nos
dirigimos
para a
eternidade.
Quem
avança
para os
cimos
guarda a
certeza
da
felicidade
e não
conta
arranhões,
como
aclara
Mateus,
no
capítulo
5,
versículo
12: “Alegrai-vos
e
regozijai-vos,
porque é
grande a
vossa
recompensa
nos céus...”.
Bibliografia:
XAVIER,
Francisco
Cândido
– Caminho,
Verdade
e Vida –
ditado
pelo
Espírito
Emmanuel
– 28ª
edição –
Editora
FEB –
Rio de
Janeiro/RJ
– lição
129 –
2011.
SILVA,
Saulo
César –
coordenação
- O
Evangelho
por
Emmanuel
segundo
João –
1ª
edição –
Editora
FEB –
Brasília/DF
– página
89 –
2015.
Idem – coordenação
– O
Evangelho
por
Emmanuel
segundo
Lucas –
1ª
edição –
Editora
FEB –
Brasília/DF
– página
127 –
2015.
PAIXÃO,
Wagner
Gomes – O
Evangelho
por
Dentro –
ditado
pelo
Espírito
Honório
Abreu –
1ª
edição –
Editora
Grupo
Espírita
da
Bênção –
Mario
Campos/MG
– lição
5 –
2016. |