“Quem é
minha
mãe e
quem são
meus
irmãos?”
No curso
do
progresso
a
civilização
se
adequa
ao ritmo
acelerado
que lhe
é
imposto;
homens e
mulheres
reservando
a maior
parte do
tempo de
sua
existência
a
conservá-la
de forma
digna e
confortável
através
do
trabalho.
Conquistar,
manter e
na
maioria
dos
casos ir
além do
necessário
de modo
a
estabelecer
uma
posição
social/financeira
satisfatória,
e essa
satisfação
vai
variar
de
acordo
com o
que cada
um elege
como
imprescindível.
Por
motivo
de força
maior,
diante
de uma
pandemia
de
proporção
inimaginável,
letal
para um
determinado
grupo,
os
idosos e
os
jovens
com
saúde
debilitada,
nós de
todo o
Planeta
nos
surpreendemos
diante
do
Covid-19,
que foge
totalmente
do
controle
dos
homens e
mulheres
de todos
os
níveis
sociais.
A
economia
mundial
afetada,
além dos
desempregados,
os
profissionais
autônomos
parados.
Muitos
profissionais
trabalham
home
office:
escritório
e
cozinha,
reunião
e
brincadeiras
infantis,
resolução
do
trabalho
e da
relação
em
família.
Quarentena
imposta,
não há
escapatória:
curso,
esporte,
balada,
templo
religioso,
todos
cancelados.
Vivência
real com
os
cônjuges
e/ou com
os
filhos,
real por
ser
total,
não
apenas
no café
da
manhã,
no
jantar,
ou no
final de
semana.
Não se
trata de
férias,
quando a
viajem
dispersa
a
atenção
e o
olhar
para o
outro.
Me
refiro à
rotina,
ao
tédio, à
incompreensão,
à
intolerância,
à
inercia
que
sobrepujam
a
criatividade,
a
renúncia,
e o
respeito
das
opiniões
divergentes,
virtudes
não
desenvolvidas
que
cobram
seu
início
imediato,
tudo em
prol do
instinto
de
conservação.
Lei
natural
independente
do grau
de
inteligência
concedido
por Deus
para
colaborarmos
em Seus
desígnios,
sendo
esse o
motivo
da
necessidade
da vida.
(O
Livro
dos
Espíritos,
questões:
702 e
703.)
O que
família
significa?
Segundo
o
dicionário:
“Conjunto
de
pessoas,
em geral
ligadas
por
laços de
parentesco,
que
vivem
sob o
mesmo
teto”.
Essas
relações
podem
ser,
para
uns,
reduto
de amor
e
compreensão
e, para
outros,
uma
vivência
espinhosa
e
amarga.
Nesta
atual
conjuntura
da
pandemia,
há
notícias
de que
na
cidade
chinesa
em
‘Xi’an,
cidade
com 12
milhões
de
pessoas,
“o
número
de
divórcios
aumentou
exponencialmente.
Uma das
razões é
o fato
de os
serviços
terem
estado
fechados
um mês.
Mas
outro é
o tempo
que os
casais
passaram
juntos,
(...)
muitos
casais
ficaram
presos
em casa
mais de
um mês”.
Atritos
mais
frequentes
entre os
integrantes
do
núcleo
familiar,
angústia,
ansiedade,
medo,
desesperança,
incertezas
e
frustrações,
diante
dessas
provações
a qual
ninguém
esperava,
o que
nos
ilumina
o
entendimento:
“E eles
disseram:
crê no
Senhor
Jesus
Cristo e
serás
salvo,
tu e a
tua casa
(Atos
dos
apóstolos,
16:31).
O que o
Espiritismo
esclarece
diante
das
relações
em
família,
encontramos
na Obra:
O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo,
capítulo
XIV,
item 8:
“Os
laços de
sangue
não
criam
necessariamente
laços
entre os
Espíritos.
O corpo
procede
do
corpo,
mas o
Espírito
não
procede
do
Espírito,
porque o
Espírito
existia
antes da
formação
do
corpo;
não é o
pai que
cria o
Espírito
de seu
filho;
nada
mais faz
que lhe
fornecer
um
invólucro
corporal,
mas deve
ajudá-lo
em seu
desenvolvimento
intelectual
e moral,
para
fazê-lo
progredir”.
Que
desafio
mais
complexo
é
cumprir
com esse
desígnio,
cooperar
com a
providência
encontrando
o
próprio
caminho
do meio
e
conduzir
aqueles
que
estão
sob
nossa
tutela
diante
dos
interesses
próprios.
Sabendo
seres
imortais
no qual
podemos
ter tido
um
passado
e hoje
nos
encontramos
para um
ajuste,
ou
cooperação
no bem,
como
explica
a obra
citada
acima,
no cap.
IV item
13:
“Os que
encarnam
numa
família,
sobretudo
como
parentes
próximos,
são, as
mais das
vezes,
Espíritos
simpáticos,
ligados
por
anteriores
relações,
que se
expressam
por uma
afeição
recíproca
na vida
terrena.
Mas,
também,
pode
acontecer
sejam
completamente
estranhos
uns aos
outros
esses
Espíritos,
afastados
entre si
por
antipatias
igualmente
anteriores,
que se
traduzem
na Terra
por um
mútuo
antagonismo,
que aí
lhes
serve de
provação”.
Nesta
crise um
cuidado
a mais
em
conservar
não só a
própria
existência,
mas as
dos
nossos,
como
enfatiza
o
Apóstolo
Paulo:
“Se
alguém
não
cuida
dos seus
e
sobretudo
da
própria
casa,
renegou
a fé e é
pior que
um
incrédulo”
(1
Timóteo
5:8). O
movimento
para não
contrair
o vírus
(querendo
aceitar
a
vontade
de Deus)
e, além
de não
ser um
condutor,
valorizando
a
existência
das
pessoas
dentro e
fora da
família
consanguínea,
lembrando
as
palavras
do
convertido
de
Damasco:
“porque
nenhum
de nós
vive
para si”
(Romanos
14:7).
Somos
iguais
em valor
para
Deus,
independentemente
da
posição
social,
da
riqueza,
da fama
ou do
poder, e
haverá o
tempo em
que
todos
entenderemos:
as
relações
sociais;
éticas,
morais e
solidárias
são
imprescindíveis
ao
progresso,
compreendendo
a
resposta
que
Jesus
deu à
sua
própria
pergunta
no
título
do
texto:
“(...)
Aqui
estão
minha
mãe e
meus
irmãos! Pois
quem faz
a
vontade
de meu
Pai que
está nos
céus,
este é
meu
irmão,
minha
irmã e
minha
mãe”
(Mateus:
12:
46-50). |