A quarta guerra mundial
Albert Einstein, o gênio do século XX, afirmou que, se
existisse uma terceira guerra mundial, a quarta seria
com paus e pedras, tamanho o poder de destruição das
armas nucleares existentes. Vou ousar discordar do
gênio. Eu que sou um fiapo de um saco de estopa
comparado a ele. Não ouso nem me tipificar como um verme
porque esses têm determinada função e exercem seu
trabalho na natureza. Creio que um fiapo de saco de
estopa vai melhor.
Pois bem, como tenho o atrevimento de tal atitude? Passo
a explicar. A União Soviética em 1961 construiu uma
bomba de hidrogênio denominada ZDS-220, também conhecida
como “Tsar Bomba” com um poder de destruição cerca de
3.300 vezes a da bomba atômica que dizimou Hiroshima e
Nagasaki durante a segunda guerra mundial.
Essa bomba foi transportada por um avião bombardeiro que
voava a 10.500 metros de altura e detonada numa ilha do
Oceano Ártico para experimentar seu poder de destruição
calculado em mais de 50 megatons! Para dar tempo do
avião se afastar o máximo possível do local do impacto
da bomba com o solo, ela foi solta com um paraquedas que
retardou sua chegada ao solo, dando tempo da aeronave se
afastar cerca de 40 km do local. A bola de fogo gerada
pela explosão alcançou a mesma altitude do avião
bombardeiro, podendo ser vista por cerca de mais de
1.000 km. O calor gerado seria capaz de provocar
queimaduras de terceiro grau em uma pessoa que estivesse
a 100 km de distância! A nuvem em forma de cogumelo
atingiu 60 km de altura, ou seja, seis vezes mais do que
a altitude de um avião que voa a caminho da Europa ou
dos Estados Unidos! O impacto da explosão da bomba
chegou a atingir a Finlândia onde foi capaz de quebrar
algumas janelas.
Tudo isso dito de uma forma muito reduzida sem detalhes
técnicos mais profundos.
Essa terrível bomba foi construída em 1961. O que
poderemos ter nos dias atuais com determinados seres
humanos que empregam, infelizmente, a inteligência para
o mal?
Por isso me atrevi como um fiapo de saco de estopa a
contrariar Einstein, entendendo que a quarta guerra não
acontecerá porque não sobrará nenhum ser humano para
realizá-la com paus e pedras. A não ser que alguém
acredite que bombas com esse poder de destruição não
existam mais. Você é capaz de colocar sua “mão no fogo”
de que não exista?
Bem, mas o objetivo deste artigo é outro. Vamos utilizar
a questão de O Livro dos Espíritos, de número
737, que aborda os flagelos destruidores. Nela Kardec
interroga os Espíritos da Codificação: Com que objetivo
Deus atinge a Humanidade por meio de flagelos
destruidores? E a resposta resumida é: para fazer essa
Humanidade evoluir. Mais diretamente: “Não vos dissemos
que a destruição é necessária para a regeneração moral
dos Espíritos, que adquirem, a cada nova existência, um
novo grau de perfeição?”
Novamente, na posição do fiapo de saco de estopa, fico a
pensar se esse vírus que se tornou uma pandemia não
teria esse objetivo. Não estaria a Humanidade
encaminhando-se para uma terceira guerra mundial com a
possibilidade de devastação de toda ela com a troca de
bombas do tipo ZDS-220 citada no início desse artigo?
Poderíamos eliminar a hipótese de que a morte do segundo
homem em importância no Irã pelas forças
norte-americanas não seria o estopim dessa guerra?
Na posição de fiapo de saco de estopa nada posso
afirmar, mas tenho o direito de levantar essa
possibilidade.
De uma terceira guerra com o poder destrutivo das armas
que devem existir e que desconhecemos como leigos no
assunto, não sobraria ninguém para realizar a quarta com
paus e pedras. Aqueles que não desencarnassem de
imediato o fariam nas sequências imprevisíveis da
destruição em cadeia que se instalaria no planeta.
Por mais destruidor que seja o coronavírus em relação ao
ser humano no sentido de sua saúde física e na
devastação econômica que poderá se instalar em diversas
partes do mundo, ele, o vírus, não terá o poder
destruidor da “Tsar Bomba”. Uma hora será debelado pelos
recursos da ciência do homem empregada para a solução do
mal comum a toda a Humanidade.
Procurem ler a mensagem psicografada que circula pelos
meios sociais intitulada “Em apenas quinze dias!”.
Desconheço o autor, mas é repleta de lógica. O homem
aprenderá que o ouro não é capaz de alimentar. A
cidade-luz encontra-se em trevas e a cidade eterna
conhece uma devastação lamentável. O valor de um abraço,
da convivência familiar, do relacionamento social, dos
valores morais, enfim, conhecerá uma outra etapa para
melhor.
Infelizmente existem aqueles que, em meio a toda uma
tragédia, reconhecem a oportunidade de explorar a
miséria do outro. Aquilo que não desaparece dos
supermercados aumenta de preço assustadoramente. Álcool
em gel é fabricado com etanol que é tóxico para o
organismo, além de não adiantar nada como recurso de se
preservar contra o contágio. E vai por aí afora... O ser
humano continuando a errar e explorar o seu próximo em
meio a esse outro flagelo que chega para nos trazer um
recado na forma da dor, professora que ainda não
aprendemos a dispensar de nossas vidas.
Será que paira alguma dúvida de que a destruição é
necessária para a regeneração moral dos Espíritos?
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