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por Ricardo Orestes Forni

 

A quarta guerra mundial


Albert Einstein, o gênio do século XX, afirmou que, se existisse uma terceira guerra mundial, a quarta seria com paus e pedras, tamanho o poder de destruição das armas nucleares existentes. Vou ousar discordar do gênio. Eu que sou um fiapo de um saco de estopa comparado a ele. Não ouso nem me tipificar como um verme porque esses têm determinada função e exercem seu trabalho na natureza. Creio que um fiapo de saco de estopa vai melhor.

Pois bem, como tenho o atrevimento de tal atitude? Passo a explicar. A União Soviética em 1961 construiu uma bomba de hidrogênio denominada ZDS-220, também conhecida como “Tsar Bomba” com um poder de destruição cerca de 3.300 vezes a da bomba atômica que dizimou Hiroshima e Nagasaki durante a segunda guerra mundial.

Essa bomba foi transportada por um avião bombardeiro que voava a 10.500 metros de altura e detonada numa ilha do Oceano Ártico para experimentar seu poder de destruição calculado em mais de 50 megatons! Para dar tempo do avião se afastar o máximo possível do local do impacto da bomba com o solo, ela foi solta com um paraquedas que retardou sua chegada ao solo, dando tempo da aeronave se afastar cerca de 40 km do local. A bola de fogo gerada pela explosão alcançou a mesma altitude do avião bombardeiro, podendo ser vista por cerca de mais de 1.000 km. O calor gerado seria capaz de provocar queimaduras de terceiro grau em uma pessoa que estivesse a 100 km de distância! A nuvem em forma de cogumelo atingiu 60 km de altura, ou seja, seis vezes mais do que a altitude de um avião que voa a caminho da Europa ou dos Estados Unidos! O impacto da explosão da bomba chegou a atingir a Finlândia onde foi capaz de quebrar algumas janelas.

Tudo isso dito de uma forma muito reduzida sem detalhes técnicos mais profundos.

Essa terrível bomba foi construída em 1961. O que poderemos ter nos dias atuais com determinados seres humanos que empregam, infelizmente, a inteligência para o mal?

Por isso me atrevi como um fiapo de saco de estopa a contrariar Einstein, entendendo que a quarta guerra não acontecerá porque não sobrará nenhum ser humano para realizá-la com paus e pedras. A não ser que alguém acredite que bombas com esse poder de destruição não existam mais. Você é capaz de colocar sua “mão no fogo” de que não exista?

Bem, mas o objetivo deste artigo é outro. Vamos utilizar a questão de O Livro dos Espíritos, de número 737, que aborda os flagelos destruidores. Nela Kardec interroga os Espíritos da Codificação: Com que objetivo Deus atinge a Humanidade por meio de flagelos destruidores? E a resposta resumida é: para fazer essa Humanidade evoluir. Mais diretamente: “Não vos dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem, a cada nova existência, um novo grau de perfeição?”

Novamente, na posição do fiapo de saco de estopa, fico a pensar se esse vírus que se tornou uma pandemia não teria esse objetivo. Não estaria a Humanidade encaminhando-se para uma terceira guerra mundial com a possibilidade de devastação de toda ela com a troca de bombas do tipo ZDS-220 citada no início desse artigo? Poderíamos eliminar a hipótese de que a morte do segundo homem em importância no Irã pelas forças norte-americanas não seria o estopim dessa guerra?

Na posição de fiapo de saco de estopa nada posso afirmar, mas tenho o direito de levantar essa possibilidade.

De uma terceira guerra com o poder destrutivo das armas que devem existir e que desconhecemos como leigos no assunto, não sobraria ninguém para realizar a quarta com paus e pedras. Aqueles que não desencarnassem de imediato o fariam nas sequências imprevisíveis da destruição em cadeia que se instalaria no planeta.

Por mais destruidor que seja o coronavírus em relação ao ser humano no sentido de sua saúde física e na devastação econômica que poderá se instalar em diversas partes do mundo, ele, o vírus, não terá o poder destruidor da “Tsar Bomba”. Uma hora será debelado pelos recursos da ciência do homem empregada para a solução do mal comum a toda a Humanidade.

Procurem ler a mensagem psicografada que circula pelos meios sociais intitulada “Em apenas quinze dias!”.

Desconheço o autor, mas é repleta de lógica. O homem aprenderá que o ouro não é capaz de alimentar. A cidade-luz encontra-se em trevas e a cidade eterna conhece uma devastação lamentável. O valor de um abraço, da convivência familiar, do relacionamento social, dos valores morais, enfim, conhecerá uma outra etapa para melhor.

Infelizmente existem aqueles que, em meio a toda uma tragédia, reconhecem a oportunidade de explorar a miséria do outro. Aquilo que não desaparece dos supermercados aumenta de preço assustadoramente. Álcool em gel é fabricado com etanol que é tóxico para o organismo, além de não adiantar nada como recurso de se preservar contra o contágio. E vai por aí afora... O ser humano continuando a errar e explorar o seu próximo em meio a esse outro flagelo que chega para nos trazer um recado na forma da dor, professora que ainda não aprendemos a dispensar de nossas vidas.

Será que paira alguma dúvida de que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos?




 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita