Programação de vida
E os homens que detinham
Jesus zombavam dele,
ferindo-o. E,
vendando-lhe os olhos,
feriam no rosto e
perguntavam-lhe,
dizendo: – Profetiza,
quem é que te feriu? E
outras muitas coisas
diziam contra ele,
blasfemando. (Lucas,
22:63 a 65)
Entregava-se Jesus à
flagelação, sem
reclamação ou revolta
contra os que o
agrediam, legando assim
à humanidade o exemplo
de resignação à vontade
de Deus.
Também nós temos as
nossas dores e flagelos
que, se na maioria das
vezes não chegam a nos
dilacerar a carne,
acabam, se deixarmos,
por nos abater o ânimo.
Seres rumando para a
perfeição, trazemos, do
passado, débitos a
quitar e lições a
aprender, que se revelam
calvários aos nossos
olhos. Como Jesus,
podemos e devemos ir ao
Pai em nossas preces.
Como Jesus, devemos
aceitar com resignação a
sua vontade.
Quantas vezes, no Mundo
Espiritual, olhamos para
o nosso comportamento
até aquele momento e
verificamos que certos
atos nos impedem de
avançar rumo à Luz e à
felicidade?
Dentro das
possibilidades,
escolhemos a família
mais adequada às nossas
necessidades e os
momentos cruciais pelos
quais havemos de passar,
para pagarmos o débito,
tudo isso supervisionado
pelos Irmãos Maiores que
amorosamente se
interessam por nós, que
nos ajudam a dosar tudo
para que o fardo não se
faça pesado além de
nossas forças.
Reencarnamos com o
objetivo de galgar um
passo importante na
nossa evolução
espiritual. A seu tempo,
a programação que
criteriosamente
escolhemos no outro
Plano da Vida começa a
entrar em ação,
levando-nos a vivenciar
circunstâncias difíceis,
porém necessárias aos
nossos propósitos.
Momentaneamente
esquecidos do passado,
rogamos a Deus que o
cálice nos seja retirado
e, sem entender bem por
que nossas preces não
surtem o efeito que
desejamos, achamos que
talvez não sejamos
dignos de ser atendidos
por Deus. Entretanto,
Deus é o Amor Supremo e
ampara-nos
constantemente,
dando-nos forças para
continuarmos a luta que
nos redimirá perante a
nossa própria
consciência.
Ouvindo-nos as preces,
coloca à nossa frente
oportunidades de serviço
em benefício do próximo,
para que o nosso resgate
possa ser abreviado,
sim, mas pela dedicação
à causa do Amor
Universal. Só o Amor
cobre a multidão de
pecados, disse-nos o
apóstolo Pedro.
Feliz aquele que, mesmo
em resgate acerbo,
encontra forças para
ajudar o próximo.
Sobre ele descerão as
bênçãos do Céu, não por
privilégios indevidos,
mas por direito
adquirido na boa luta.