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por José Reis Chaves

 

Deus dirige tudo, não só os fatos mediúnicos

 
Deus, causa primeira de todas as coisas e causa não causada, criou a humanidade dotada do poder dos fenômenos carismáticos, pneumáticos, mediúnicos ou espirituais, através dos quais e do seu espírito santo humano, alma ou centelha divina que habita em nós (1 Coríntios 6: 19), com outros Espíritos. Mas quando foi instituído o Espírito Santo dogmático da Terceira Pessoa Trinitária, no Concílio Ecumênico de Constantinopla (381), os teólogos passaram a ignorar esse espírito santo humano. E o dogmático ficou até mais falado do que o verdadeiro Espírito Santo de Deus Pai da Primeira Pessoa.

Não confundamos, pois, o espírito santo humano com o Espírito Santo dogmático. Paulo se referia ao humano ou ao Espírito Santo do Deus Pai, pois o dogmático ainda não havia sido criado.

O espírito santo ou centelha divina (“pneuma” e “psyque” em grego ou “ruach” e “nephesh” em hebraico), é ‘santo’, pois tudo que é criado ou gerado por Deus é santo. E Kardec definiu bem espírito e alma. Segundo ele, o espírito é ‘alma’, enquanto está encarnado, e é ‘Espírito’, quando desencarnado. Quer dizer que essas palavras são sinônimas, diferentes apenas por momentos diferentes.

E é oportuno afirmarmos que o Espírito fica consciente depois da morte do corpo. Na parábola do rico e do pobre Lázaro, Jesus deixa essa verdade com uma clareza meridiana (Lucas 16: 19 a 31). E os Espíritos sabem do que acontece, tanto no mundo espiritual, como no nosso mundo físico. Surgiu a crença da inconsciência deles, porque, em várias línguas, morrer significa também dormir, pois o sono é uma imagem da morte. E, demonstrando essa verdade, temos também os santos da Igreja e uma proibição de Moisés, em Deuteronômio 18, contra a comunicação com os Espíritos dos mortos, pois essa própria proibição dele nos prova que é real essa comunicação, já que Moisés não era doido de proibir uma coisa que não existe! E a causa da proibição foi a grande ignorância do povo sobre a mediunidade.

E Paulo diz: “Não sabeis vós que sois templos do espírito santo (alma) que habita em vós? (1 Coríntios 6: 19).  E é um espírito santo, por ser sopro (figurado) de Deus”. Essa interpretação é reforçada pelo fato de o Espírito Santo Trinitário dogmático ainda não ter sido criado.

Paulo (1 Coríntios 12: 7) diz também: “... Mas um só e mesmo Espírito realiza todas essas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um individualmente. Essas coisas são os fenômenos pneumáticos ou mediúnicos que envolvem Espíritos desencarnados e encarnados (médiuns). E, em 1 Coríntios 12: 11, ele o confirma: “O que realiza todas essas coisas”, isto é, que dá suporte a todas elas, “é o mesmo Espírito”. E que Espírito é esse? É o Espírito Santo de Deus Pai, que dirige não só os fenômenos pneumáticos, carismáticos, mediúnicos ou espirituais, mas tudo!

 
 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita