Deus dirige tudo, não só os fatos
mediúnicos
Deus, causa primeira de todas as coisas e causa não
causada, criou a humanidade dotada do poder dos
fenômenos carismáticos, pneumáticos, mediúnicos ou
espirituais, através dos quais e do seu espírito santo
humano, alma ou centelha divina que habita em nós (1
Coríntios 6: 19), com outros Espíritos. Mas quando foi
instituído o Espírito Santo dogmático da Terceira Pessoa
Trinitária, no Concílio Ecumênico de Constantinopla
(381), os teólogos passaram a ignorar esse espírito
santo humano. E o dogmático ficou até mais falado do que
o verdadeiro Espírito Santo de Deus Pai da Primeira
Pessoa.
Não confundamos, pois, o espírito santo humano com o
Espírito Santo dogmático. Paulo se referia ao humano ou
ao Espírito Santo do Deus Pai, pois o dogmático ainda
não havia sido criado.
O espírito santo ou centelha divina (“pneuma” e “psyque”
em grego ou “ruach” e “nephesh” em hebraico), é ‘santo’,
pois tudo que é criado ou gerado por Deus é santo. E
Kardec definiu bem espírito e alma. Segundo ele, o
espírito é ‘alma’, enquanto está encarnado, e é
‘Espírito’, quando desencarnado. Quer dizer que essas
palavras são sinônimas, diferentes apenas por momentos
diferentes.
E é oportuno afirmarmos que o Espírito fica consciente
depois da morte do corpo. Na parábola do rico e do pobre
Lázaro, Jesus deixa essa verdade com uma clareza
meridiana (Lucas 16: 19 a 31). E os Espíritos sabem do
que acontece, tanto no mundo espiritual, como no nosso
mundo físico. Surgiu a crença da inconsciência deles,
porque, em várias línguas, morrer significa também
dormir, pois o sono é uma imagem da morte. E,
demonstrando essa verdade, temos também os santos da
Igreja e uma proibição de Moisés, em Deuteronômio 18,
contra a comunicação com os Espíritos dos mortos, pois
essa própria proibição dele nos prova que é real essa
comunicação, já que Moisés não era doido de proibir uma
coisa que não existe! E a causa da proibição foi a
grande ignorância do povo sobre a mediunidade.
E Paulo diz: “Não sabeis vós que sois templos do
espírito santo (alma) que habita em vós? (1 Coríntios 6:
19). E é um espírito santo, por ser sopro (figurado) de
Deus”. Essa interpretação é reforçada pelo fato de o
Espírito Santo Trinitário dogmático ainda não ter sido
criado.
Paulo (1 Coríntios 12: 7) diz também: “... Mas um só e
mesmo Espírito realiza todas essas coisas,
distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um
individualmente. Essas coisas são os fenômenos
pneumáticos ou mediúnicos que envolvem Espíritos
desencarnados e encarnados (médiuns). E, em 1 Coríntios
12: 11, ele o confirma: “O que realiza todas essas
coisas”, isto é, que dá suporte a todas elas, “é o mesmo
Espírito”. E que Espírito é esse? É o Espírito Santo de
Deus Pai, que dirige não só os fenômenos pneumáticos,
carismáticos, mediúnicos ou espirituais, mas tudo!
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