Em
louvor
da
esperança
(...)
“onde
estiver
teu
tesouro,
aí
também
estará o
teu
coração”.
-
(Mateus,
6:19-21)
Somos
constantemente
defrontados
por
torrentes
de
forças
inteligentes,
mas nem
sempre
sublimadas,
que nos
assediam.
Reconhecemos,
assim,
que a
vida
ferve ao
redor
dos
nossos
passos,
nos mais
variados
graus da
evolução.
Por
isso, é
muito
importante
a nossa
conduta
mental e
física,
porquanto,
é por
meio
dela que
mantemos
a
sintonia
com os
Espíritos,
pois o
verdadeiro
templo é
o
coração,
de onde
procedem
as boas
ou más
ações.
Na
verdade,
os
Espíritos
exercem
grande
influência
nos
acontecimentos
da nossa
existência,
e essa
influência
poderá
ser
sutil ou
claramente
percebida,
podendo
ser boa
ou má,
fugaz ou
duradoura.
É
ocorrência
comum
garantida
pelos
princípios
da
sintonia
mental,
porque é
no mundo
mental
que
processamos
a gênese
de todos
os
trabalhos
da
comunhão
de
Espírito
a
Espírito.
Os
médiuns,
em
qualquer
região
da vida,
são
filtros
de
rogativas
e
respostas,
precisando
acordar
para a
realidade
de que
sempre
estarão
em
companhia
daqueles
que
buscam.
Categorizando-nos
bons ou
maus,
conforme
o uso de
nossos
sentimentos
e
pensamentos
que, no
fundo,
constituem
cargas
de
energia
eletromagnética,
com as
quais
ferimos
ou
acalentamos,
ajudamos
ou
prejudicamos,
vitalizamos
ou
destruímos,
e que
voltam,
invariavelmente,
a nós
mesmos,
impregnadas
dos
recursos
felizes
ou
infelizes
com que
lhes
marcamos
a rota.
As
melhores
oportunidades
de cada
dia, no
mundo,
pertencem
àqueles
que
melhores
se fazem
para
quantos
lhes
rodeiam
os
passos.
E
ninguém
se faz
melhor,
arremessando
pedras
de
irritação
ou
espinhos
de
amargura
na senda
dos
companheiros.
A
sabedoria
é calma
e
operosa,
humilde
e
confiante
e o
Espírito
de quem
ara a
terra
com
Jesus
compreende
que o
pântano
pede
socorro,
que a
planta
frágil
espera
defesa,
que o
mato
bruto
reclama
cuidado
e que os
detritos
do
temporal
podem
ser
convertidos
em
valioso
adubo.
No
entanto,
quando
coléricos,
irritadiços,
agressivos
e
ásperos
para com
os
outros,
criamos
por
atividade
reflexa
o
desalento,
a
intemperança,
a
crueldade
e a
secura
para nós
mesmos;
porém,
quando
generosos,
compassivos,
prestimosos
e úteis
para com
aqueles
que nos
cercam,
criamos,
consequentemente,
a
alegria,
a
tranquilidade,
a
segurança
e o bom
ânimo
para nós
próprios.
É
preciso
apequenar-nos
para
ajudar,
sem
perder
altura,
assegurando
a
melhoria
de
todos,
acentuando,
assim, a
nossa
sublimação.
Desta
maneira,
compreendemos
que são
nos
irmãos
que
desanimaram
em plena
luta,
nos que
enlouqueceram
de
sofrimento,
nos que
perderam
a fé por
falta de
vigilância,
que
Jesus
nos
confere
a chama
do amor
em
nossos
corações,
a fim de
ajudá-los.
Todos
esses
padecentes
da
estrada
têm algo
para
ensinar.
Assim,
poderemos
ver,
naqueles
que
tombam
esmagados
de
aflição,
a
indução
a cada
um de
nós a
serviço
para um
mundo
melhor.
Para
tanto,
não
permitamos
que a
justiça
de nossa
alma
caminhe
sem
amor,
para que
não se
converta
em garra
de
violência.
Aos pés
dos mais
impetuosos
da
Terra,
Deus
colocou
mães que
amam,
embora
seus
filhos
desditosos
de suas
bênçãos
lhes
transformem
a vida
em fonte
de
lágrimas.
Mil
vezes
bem-aventurada
seja
cada
hora de
nossa
paciência
diante
daqueles
que não
nos
compreendem,
que nos
ferem ou
nos
ridicularizem,
porque a
paciência,
invariavelmente,
feita
com
bondade,
silêncio,
abnegação
e
esquecimento
do mal,
é
donativo
essencialmente
da alma,
bênção
da fonte
divina
do amor,
que
jorra
nas
nascentes
do
sacrifício,
quer
esteja
formada
no suor
da
humildade
ou no
pranto
simples
do
coração.
Esforcemo-nos
para não
permitir
que a
aflição,
a
angústia,
o
sofrimento
ou os
tormentos
cedam
lugar às
forças
irresistíveis
de más
influências
a nos
desviarem
do
caminho
a ser
seguido
em
direção
à
conquista
paulatina
da
felicidade,
sem
exageros
ou
exigências
descabidas,
mas
compreendendo
que o
minuto
precioso
de cada
dia não
deve ser
desperdiçado
por
invigilância
e
ociosidade.
E caso
alguém
caia na
teia do
mal
diante
de nós,
ajudemo-lo
a
refazer-se
para o
bem;
para
tanto, é
imprescindível
que, de
nossa
parte,
possamos
auxiliá-los
para que
se
desatem
sem
condená-los,
nem
azedar-lhes
o
sentimento,
entregando-os
à
bondade
de Deus
como
disse
Jesus: “desatai-o
e
deixe-o
ir”. (João,
11:14)
Da mesma
forma,
como
Lázaro
era
restituído
à
experiência
terrestre,
sabemos,
hoje,
que o
Senhor
nos
reergue,
em toda
parte,
nas mais
variadas
esferas
da
estrada.
O
despertamento
é
gradativo
e
condiciona-se
ao
funcionamento
equilibrado
e
perfeito
da Lei
Natural
que rege
a
evolução.
Ninguém
desperta
de um
momento
para
outro,
ou seja,
do
túmulo
da
ignorância
para o
santuário
do
conhecimento.
Também
não
podemos
desenfaixar-nos
com
facilidade,
sem o
concurso
de
amigos e
benfeitores,
sejam
eles
encarnados
ou
desencarnados.
Vemos na
ressurreição
de
Lázaro a
preciosa
oportunidade
de
aprendizado
espiritual
oferecido
pelo
Evangelho,
fortificando-nos
no
estudo
sadio e,
sobretudo,
pela
prática
do amor
e da
caridade,
revigorando-nos
na
prece,
instalando
a luz da
compreensão
e da
esperança
por
dentro
de nós.
Guardemos
a
consciência
no dever
lealmente
cumprido,
relevando
os
golpes
com que
nos
firam,
ofertando-lhes
o melhor
sentimento,
a melhor
ideia, a
melhor
palavra
e a
melhor
atitude,
pois
água
cristalina,
pingando,
gota a
gota,
converte
o vaso
de
vinagre
em vaso
de água
pura.
A
revista Reformador, de
setembro
de 2017, lembra-nos
para
que “abracemos
o nosso
roteiro
com a
alegria
de quem
trabalha
por
fidelidade
ao sumo
bem,
estendendo
a graça
da
esperança
a
benefício
de
todos.
E, um
dia,
todos os
que nos
cercam e
nos
acompanham
entoarão
o
cântico
da
bem-aventurança
que o
nosso
coração
escreveu
e compôs
nos
nossos
atos,
aparentemente
pequeninos
de
fraternidade
e
sacrifício,
em favor
de todos
em nossa
jornada
de
ascensão
à divina
luz”.
Necessitamos
mais do
que
nunca do
Evangelho
Redivivo
ao
Espírito
sedento
de
consolo
e
esclarecimento,
para que
possamos
oferecer
paz,
serenidade,
bom
senso e
discernimento,
para que
não
percamos
a
direção
do bem.
Estagiamos
no tempo
de fazer
a
leitura
da
realidade,
tendo
olhos de
ver a
verdade
e
compreender
que a
Terra é
a escola
de
iluminação,
o
hospital
de
reabilitação
e a
morada
de
trabalho
e
libertação
de
nossos
Espíritos
rumo a
Deus.
Assim
sendo,
fica
claro
que
quando
conscientes
da
verdade
entenderemos
que a
ação no
bem é
ajustamento
à Lei de
Deus e a
ela nos
renderemos
por
livre
vontade.
Bibliografia:
XAVIER,
Francisco
Cândido
e Vieira
Waldo – Mecanismos
da
Mediunidade –
ditado
pelo
Espírito
André
Luiz –
26ª
edição –
Editora
FEB –
Rio de
Janeiro/RJ
– lição
18 –
2012.
XAVIER,
Francisco
Cândido
– Ação
e Reação –
ditado
pelo
Espírito
André
Luiz –
28ª
edição –
Editora
FEB –
Rio de
Janeiro/RJ
– lição
7 –
2012.
XAVIER,
Francisco
Cândido
– Pensamento
e Vida –
ditado
pelo
Espírito
Emmanuel
– 19ª
edição –
Editora
FEB –
Brasília/DF
- lições
7 e 10
-2016.
KARDEC,
Allan – O
Livro
dos
Espíritos –
16ª
edição –
Editora
FEESP –
São
Paulo/SP
–
questão
459 –
2015.
Reformador,
agosto
de 1953
- FEB –
página
180. |