Um
destino
grandioso
“Ó
homem, ó
meu
irmão,
tem fé
em teu
destino,
pois ele
é
grandioso.
Nasceste
com
faculdades
incultas,
com
aspirações
ilimitadas,
e a
eternidade
é dada
para
desenvolveres
umas e
satisfazeres
outras.
Engrandecer-te
de vida
em vida,
esclarecer-te
pelo
estudo,
purificar-te
pela
dor,
adquirir
uma
ciência
cada vez
mais
vasta,
qualidades
sempre
mais
nobres;
eis o
que te
está
reservado.
Deus fez
mais,
ainda,
em teu
benefício:
concedeu-te
os meios
de
colaborares
em sua
obra
imensa,
de
participares
na lei
do
progresso
sem
limite,
abrindo
vias
nobres
ao teu
semelhante,
elevando
teus
irmãos,
atraindo-os
a ti,
iniciando-os
nos
esplendores
do que é
verdadeiro
e belo,
e nas
sublimes
harmonias
do
Universo.”
- Léon
Denis, O
Porquê
da Vida.
Nestas
simples
afirmações
de Léon
Denis,
esse
Espírito
iluminado,
que foi,
na
Terra,
discípulo
e grande
continuador
de Allan
Kardec,
encontramos
respostas
a
algumas
das
grandes
dúvidas
que
continuam
a
preocupar
as
mentes
humanas:
O que
fazemos
aqui?
Para
onde
caminhamos?
Caminhamos
para um
destino
grandioso,
diz-nos
ele. Um
destino
que nos
foi
traçado
por
Deus, no
momento
em que
nos
criou.
Um
destino
que
ficou
impresso
na nossa
consciência
e que,
ao longo
de toda
nossa
existência,
se vai
manifestando
através
das
múltiplas
aspirações
de
felicidade
que
trazemos
do
passado
e se
projetam
constantemente
no
futuro.
Desejamos
ser
felizes,
e não
nos
contentemos
com
menos,
porque
foi para
isso que
Deus nos
criou.
Que
maior
prova
precisamos
do Amor
Infinito
do Pai,
do que
ter-nos
Ele
criado
para
sermos
felizes,
para
sermos
seres
grandiosos,
colaboradores
na Sua
obra?
Para
isso nos
impregnou
Ele de
todas as
faculdades
que nos
permitirão
alcançar
essa
perfeição
relativa
que é o
objetivo
da
verdadeira
Vida.
Faculdades
essas
que se
encontram
latentes,
à espera
que as
desenvolvamos
através
do
estudo,
da
experiência,
do
esforço
próprio,
no uso e
desenvolvimento
da
inteligência
com que
Deus nos
dotou,
na
aplicação
do
livre-arbítrio,
que faz
de nós
seres
livres e
conscientes,
merecedores
das
faculdades
adquiridas,
do
conhecimento
alcançado
e da
felicidade
conquistada.
A ser
assim,
poderemos
então
perguntar:
Mas por
que deu
Deus
maior
inteligência
a uns do
que a
outros?
Por que
nascem
uns com
tendência
para o
bem,
enquanto
outros
parecem
inclinar-se
constantemente
para o
mal? Por
que
vemos
pessoas
dotadas
de todas
as
habilidades
e
capacidades
que
propiciam
o
alcance
dos seus
objetivos,
enquanto
outros
vemos
que, por
mais que
se
esforcem,
só
encontram
entraves,
a
começar
pela
própria
incapacidade
com que
parecem
ter
nascido
para
orientar
a sua
vida e
os seus
objetivos?
Que Deus
de
justiça
é esse
que não
criou os
seus
filhos
dotados
dos
mesmos
dons e
das
mesmas
capacidades?
Apenas
uma
resposta
poderemos
dar:
Exatamente
porque
isso não
é
verdade.
Deus não
criou
uns para
a
felicidade
e outros
para a
desgraça.
A todos
destinou
e
continua
a
destinar,
porque
Deus
está em
constante
atividade
e nem
por um
momento
deixa de
criar, à
mesma
glória e
à mesma
perfeição.
Disse
Jesus:
Vós sois
deuses (João
10:34).
E
ainda: "Sede
vós pois
perfeitos,
como é
perfeito
o vosso
Pai que
está nos
céus”.
(Mateus
5:48).
Estas
afirmações
não as
proferiu
para
meia
dúzia de
ouvintes.
Destinavam-se
a toda a
Humanidade.
Se somos
deuses
(seres
iluminados
e
perfeitos,
em
projeto,
por
enquanto)
e Jesus
nos
aconselha
a
perseguirmos
o ideal
de
perfeição,
é porque
ela não
só é
possível
como é a
vontade
manifesta
do Pai
para os
Seus
filhos.
Para
todos
por
igual,
sem
discriminação
nem
preferências
(que são
apanágio
dos
humanos
imperfeitos
e não de
um Deus
Supremo,
Perfeito,
Justo e
Bom).
Coube ao
Espiritismo,
como
Consolador
Prometido
pelo
Mestre,
esclarecer
quanto
ao
caminho
para
atingir
esse
destino
glorioso,
de que
falava
Jesus,
ao
afirmar
que
somos
deuses,
e
reafirmado
por Léon
Denis,
na
referência
supracitada.
“Deus
criou
todos os
Espíritos
simples
e
ignorantes,
ou seja,
sem
conhecimento.” (Kardec,
O Livro
dos
Espíritos,
Livro
Segundo,
Capítulo
VI, 115),
e, desde
o
princípio
da nossa
existência,
imprimiu
em nós a
consciência
das Suas
Leis
Universais
(é o
nosso
DNA
espiritual),
deixando-nos
o
trabalho
de nos
irmos
ajustando
a elas
e, à
medida
desse
ajuste,
irmo-nos
aproximando
da
perfeição
e da
felicidade.
Através
das
contínuas
experiências,
proporcionadas
pelas
reencarnações,
que mais
não são
que as
múltiplas
etapas
de uma
mesma
Vida,
que
nunca se
interrompe,
apenas
se
manifesta
em novos
estados,
e
colhendo
sempre o
fruto
dos atos
próprios
(Lei de
Causa/Efeito
ou
Ação/Reação)
e os
resultados
do nosso
labor,
vamos
crescendo
em
inteligência
e
espiritualidade.
Isto
resulta
em
diferentes
estágios
evolutivos
nos
diferentes
Espíritos
que
povoam o
Universo
e nos
diferentes
Espíritos,
nossos
irmãos,
que
vamos
encontrando
ao longo
da
caminhada
terrena.
Isto
porque:
1. não
temos
todos a
mesma
idade
espiritual,
não
fomos
criados
todos ao
mesmo
tempo,
já que
Deus
está em
constante
atividade
criativa;
2. nem
todos
aproveitamos
o tempo
e as
suas
lições
da mesma
forma,
nem
todos
nos
esforçamos
por
igual,
daí que
nem
todos
crescemos
à mesma
velocidade;
enquanto
uns
crescem
pelo
amor,
outros
precisam,
durante
mais
tempo,
do
aguilhão
da dor a
chamar
constantemente
ao
cumprimento
das Leis
Universais
e
Imutáveis
do Pai.
Uma
coisa é
certa:
Poderemos
levar
mais
tempo,
podemos
estacionar
muitas
vezes no
caminho,
acarretando
para nós
mesmos
maior
dose de
dor e
atrasando
o
objetivo
da
felicidade,
mas o
despertar
sempre
chegará
mais
cedo ou
mais
tarde e,
quando
nisso
empenharmos
todos os
nossos
esforços,
deixando
de ver a
Terra
exclusivamente
como
lugar de
gozo e
divertimento,
alcançaremos
o
objetivo
primordial
da Vida.
De outra
coisa
podemos
estar
também
convictos:
Nunca
estamos
sós
nesse
caminho,
por mais
longo e
dificultoso
que se
apresente
diante
do nosso
olhar.
Deus
colocou
a nosso
lado
Espíritos
que
muito
nos amam
e que
perseveram
na, às
vezes
bem
dura,
tarefa
de nos
acompanhar,
inspirar,
fortalecer,
com os
seus
exemplos,
lições e
conselhos.
Cabe-nos
abrir os
olhos,
os
ouvidos
e o
coração
e
aproveitar
o seu
amoroso
trabalho
em nosso
favor.
E é aqui
que, tal
como nos
diz Léon
Denis,
nos cabe
ser
colaboradores
na
imensa
obra do
Pai.
Também
nós, com
os
nossos
atos,
pensamentos,
sentimentos
e
atitudes
perante
a vida e
a dor,
somos
exemplo,
bom ou
mau,
para
quem nos
rodeia,
quer do
mundo
terreno,
quer de
entidades
espirituais
que de
nós se
abeiram
e de nós
colhem
lições.
Podemos
influenciar,
mais
vezes do
que
supomos,
para a
prática
do bem,
para o
esclarecimento,
para o
consolo
perante
o
sofrimento.
Também
podemos
dar azo
a más
influências
nos
outros e
deles
colher
influências
negativas,
por
nossa
própria
imprevidência.
Pelo bem
e pelo
mal que
espalharmos
e
induzirmos
nos
outros,
seremos
sempre
responsáveis
e
colheremos
os bons
ou maus
frutos.
Como
espíritas
temos
uma
responsabilidade
acrescida,
já que,
como
avisou o
Mestre
Jesus,
“a quem
muito
foi dado
muito
será
exigido” (Lucas
12:
39-48).
Sejamos
a
candeia
a
iluminar
o
caminho
de quem
se
abeira
de nós e
aproveitemos
devidamente
todas as
lições
que o
caminho
nos for
apresentando.
Ninguém
colherá
por nós,
por isso
a nós e
só a nós
cabe a
tarefa
de
semear.
Que Deus
nos
inspire
e
abençoe
os
nossos
esforços. |