As lições
do sofrimento
Não nascemos para sofrer
e Deus não quer que
nenhum de seus filhos
sofra. Mas o sofrimento
faz parte da vida, pois
é por intermédio dele
que evoluímos. Estamos
num mundo de expiação e
provas e não podemos
pretender que as coisas
sejam diferentes do que
são.
A perda de entes
queridos, os acidentes
que não conseguimos
evitar, os reveses da
fortuna, as doenças de
nascença, as
deformidades têm origem
em vidas passadas. Já os
atos voluntários de
nossa parte, catalogados
no campo da maldade
humana, têm sua origem
nesta vida mesmo. Assim
como quem semeia o bem
vive cercado de pessoas
boas, quem semeia o mal
tem o mal à sua volta e
pode terminar como
vítima do mal que
semeou.
Nem todo sofrimento é
originário de uma
determinada falta. Pode
também derivar de provas
escolhidas pelo
Espírito, para o seu
adiantamento. Por isso,
a expiação (por algo
cometido) serve como
prova, mas nem toda
prova é uma expiação.
Provas e expiações
são sinais de
inferioridade relativa,
pois quem é perfeito não
precisa ser provado.
Convém que soframos com
resignação. Os que assim
procedem serão os
bem-aventurados a quem
Jesus se referiu, no
Sermão do Monte. A
resignação difere da
conformação. Quem é
resignado diante do
sofrimento sabe que nada
lhe acontece por acaso,
mas tem a coragem de
lutar, diante dos
sofrimentos e das
dificuldades. Ao
contrário daquele que
simplesmente se conforma
com a situação e cruza
os braços diante da dor,
da vicissitude, da
dificuldade.
Muitas pessoas têm
dificuldade para
compreender a mecânica
da Lei da Reencarnação e
da Lei de Causa e
Efeito. Então, diante
das vicissitudes da
vida, das doenças, dos
problemas financeiros e
outras dificuldades,
elas se revoltam e se
questionam quanto ao que
fizeram, para sofrerem
tanto.
"São provas impostas por
Deus - esclarecem os
Espíritos na questão 984
de O Livro dos
Espíritos -, ou
escolhidas, por vós
mesmos, quando no estado
de Espírito e antes da
vossa reencarnação, para
expiar as faltas
cometidas numa outra
existência. Porque
jamais a infração das
leis de Deus, e
sobretudo da lei da
justiça, fica impune; se
a punição não é feita
nesta vida, o será
necessariamente em
outra. É por isso que
aquele que é justo, aos
vossos olhos, vê-se
frequentemente atingido
pelo seu passado".
Tornou-se um lugar comum
a afirmação de que "a
semeadura é livre, mas a
colheita é obrigatória".
De fato, na vida não é
diferente. Nossa vida
atual é reflexo da
anterior, assim como a
futura será efeito
desta.