Por que
ler os
clássicos
espíritas?
O
escritor
Ítalo
Calvino,
considerado
um dos
mais
importantes
escritores
italianos
do
Século
XX, em
sua obra
“Por que
ler os
clássicos”
(1991),
disse
que “um
clássico
é um
livro
que
nunca
terminou
de dizer
aquilo
que
tinha
para
dizer”.
Por que
ler os
clássicos
espíritas?
Porque
são
obras
que têm
algo a
mais
para nos
ensinar,
seja
pelo
contexto
histórico,
científico
ou
social
em que
foram
concebidas.
No caso
espírita,
existe
um outro
tempero:
a
percepção
e o
intercâmbio
com o
mundo
dos
Espíritos.
A
presença
existe
também
nos
demais
trabalhos,
porém,
na
grande
maioria
é algo
que se
manifesta
de forma
inconsciente,
o que
pode
explicar
um pouco
trabalhos
densos,
carregados
de
negativismo
ou até
recheados
de
esperanças.
Com o
isolamento
social,
segundo
reportagem
do
Jornal
“Nexo”1,
a busca
por
clássicos
aumentou
consideravelmente.
No
Twitter,
“subiu”
uma
hashtag
#TolstoyTogether,
que
conta
com mais
de três
mil
pessoas
do mundo
todo
numa
leitura
coletiva
da obra
“Guerra
e Paz”,
um dos
maiores
clássicos
da
literatura
russa, e
mundial.
“Nós
lemos
clássicos
porque
identificamos
nesses
livros
os
mesmos
dilemas
que a
gente
vive”,
disse
Isabella
Lubrano
ao
“Nexo”.
Aplica-se
também
aos
trabalhos
de Léon
Denis,
Gabriel
Delanne,
Ernesto
Bozzano,
Willian
Crookes,
dentre
muitos
outros
que se
curvaram
às
evidências
espirituais
e
conseguiram, ipsis
litteris,
encaixar
o que os
Espíritos
revelaram
àquilo
que
Thomas
Kuhn em
sua “A
estrutura
das
revoluções
científicas”
(1962)
chamou
de
“regras
aceitas”.
As
revoluções
provocadas
pelos
clássicos
espíritas
embasaram
crentes
e
converteram
descrentes
ao
estudo
aprofundado
dos
ensinamentos
espíritas.
Quando
falamos
“aprofundado”,
dizemos
no
sentido
de
examinar
a fundo,
como
também
holisticamente.
Cabe a
alguns
traduzir
os
clássicos
para
torná-los
“palatáveis”
ao
público
em
geral,
daí se
vê o
quanto
carecemos
de
divulgação
dos
clássicos,
porque
poucos
são os
que se
aventuram
por essa
“mata
fechada”.
A
outros,
os
clássicos
revigoram
o
sentido
científico
doutrinário.
O que
pouco se
percebe,
ou pouco
se
difunde,
é que o
sentido
científico
é o
“meio” e
não o
“fim em
si” do
processo
de
aprendizado.
Conhecer
os
clássicos
é quase
um
processo
disciplinar
para
educar o
pensamento
a
construir
um
raciocínio
mais
razoável,
lógico,
tão
necessário
em
tempos
de
pandemia.
Por
analogia,
poderíamos
dizer
que os
clássicos
são a
argamassa
da “Casa
sobre a
rocha”
trazida
por
Jesus em
seu
estupendo
Evangelho!
São
obras
sempre
atuais!
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