A missão do Cristo não está concluída
O homem está sempre à procura de respostas. Com elas
busca encontrar as verdades. Porém, nem sempre as acha
na forma que deseja. Elas vêm pela metade, muitas vezes
incompletas, no ritmo e velocidade que só a elas
interessa.
Por estarem subordinadas ao mestre Tempo, respostas e
verdades se revelam quando não podem mais resistir à
força do estudo, da pesquisa, das reflexões diuturnas a
que o homem as submete. Na realidade, as respostas
parciais, ou mesmo as negadas, são pistas fornecidas
pela natureza para que o homem trabalhe ou aumente ainda
o seu ritmo. Trabalhando, desenvolve a inteligência e,
assim, discerne com mais juízo.
Se dependesse de certa parcela da humanidade, ansiosa e
imatura, as respostas às questões humanas estariam
sempre distantes ou inacabadas, sofrendo a influência da
sua má vontade. Interessante que, em muitos casos, essa
busca se mostra infrutífera, trazendo resultados opostos
ao que se espera. E o homem não compreende por que é
assim, se revolta, descrê de tudo, e até passa a
caminhar em sentido oposto ao que lhe seria mais
favorável.
Sem preparo e maturidade muitos se aventuram, se
arriscam além das suas possibilidades e caem feio. Não
percebem que não adiantará dispor de recursos que não
saberão usar. A filosofia espírita argumenta que a
evolução do Espírito se dá no âmbito da inteligência e
do sentimento, e que ambos não caminham juntos. A
inteligência sai à frente desbravando o conhecimento,
procurando compreender. O sentimento vem atrás, moldando
com amor e paciência o resultado do trabalho do Espírito
até ali. Quanto maior a experiência e desenvolvimento,
menor a distância entre essas duas estruturas do ser.
Até o dia em que, creio, elas se unem em definitivo no
Espírito bom, justo e belo.
Enquanto isso não se dá – estamos longe ainda –, vivemos
com os recursos que temos. Na Terra, um mundo inferior,
a inteligência está bem à frente do sentimento, o que
faz os homens agirem de acordo com o que sabem (ou
julgam saber), e com pouca percepção ético moral. Por
isso se vê tanta injustiça, maldade, e desvios de
finalidade.
Pode-se concluir que o homem não é mau por natureza, mas
ignorante. Mesmo sem o senso moral desenvolvido, só com
a inteligência material, ele poderá realizar algumas
coisas boas se tiver interesse e condições para isso. No
entanto, só teremos o homem pacífico, fraterno, amoroso
e justo quando todos os seus atos forem governados pela
consciência moral.
Em verdade, o Cristo ainda não concluiu a sua missão
junto à humanidade. Em relação às suas ações
pedagógicas, seu último projeto na Terra antes da grande
e propalada “separação das ovelhas” é o Espiritismo.
Esta doutrina está adubando o solo espiritual do coração
humano, e ajudará o homem a encontrar respostas, e
nelas, as verdades que tem procurado. Muito trabalho o
aguarda.
O Cristo coopera e sorri, acompanhando a implantação do
seu reino por aqui. O passo seguinte que dará, só ele o
sabe.
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