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por José Reis Chaves

 

Da reencarnação vem a misericórdia infinita

 
A misericórdia infinita de Deus é uma grande verdade. E ela é um dos mais importantes atributos de Deus, pois também Deus é amor infinito. Mas, sem a reencarnação, ela seria finita.

Há pessoas que creem que os Espíritos são criados no ato da concepção, mas isso é contra a Bíblia (Jeremias 1: 5). Os estudos avançados sobre esse assunto, como os dos cientistas, filósofos e teólogos espíritas, discordam também dessa ideia. E muitos cristãos têm até medo de falar em Espíritos. Como, pois, entenderem de Espíritos? E há também os que pensam que Deus não tem necessidade de criar novos Espíritos. Se for necessário, ou não, quando Ele quiser, Ele os cria.

E quando Deus criou o Espírito de Adão, o que é uma metáfora da criação da humanidade por Deus, Adão, um dia, morreu. Mas o seu Espírito imortal, não. E ele, pois, ficou livre para continuar sendo ainda um homem, ou um Espírito encarnado num novo corpo humano em substituição ao que voltou ao pó de onde veio. Em outras palavras, o Espírito humano foi criado para viver encarnado aqui na Terra por uns tempos. Sim, Adão foi criado para viver aqui na Terra, o que quer dizer que, se ele perdeu seu corpo, ele tinha que ter outro substituto. E isso significa que o Espírito tem mesmo que reencarnar.  Ser homem até quando? Somente Deus o sabe, pois Ele sabe o destino de cada ser humano. E Deus já criou o homem com um dos maiores instintos, o da lei da reprodução ou da conservação da espécie. Quer dizer, haja Espíritos para reencarnar! Pois corpos novos para as reencarnações não faltam. Eles surgem até sem a vontade dos casais! E a Bíblia diz: “crescei e multiplicai-vos”. Ademais, muitas vezes, os Espíritos vêm de encarnações de outros mundos, pois, na casa do Pai, há muitas moradas. Ela é o universo. E há bilhões de Espíritos esperando oportunidade de reencarnar.

Deus criou o corpo de Adão do pó, do barro, dando-lhe um Espírito imortal para se encarnar nele. E, figuradamente, o espírito veio dum sopro de Deus nas narinas de Adão.

Jesus sempre nos apresentou Deus como Pai Dele e de todos nós. E essa verdade é bem acentuada não só na Bíblia, mas também em outras escrituras sagradas. Na Parábola do Filho Pródigo, Jesus apresenta o pai desse filho esbanjador como uma figura do Deus-Pai de bondade e misericórdia infinita. Nessa parábola, mais tarde, o filho entrou em si, sentindo o peso do grande erro cometido e, arrependido, decidiu voltar para seu pai, mas esperando ser humilhado por ele. E, no entanto, foi recebido com festa e banquete. Esse pai bondoso para Jesus representa o Deus-Pai de misericórdia infinita. Mas ela seria finita, se não existisse a reencarnação, pois não haveria novas chances de regeneração dos filhos tão amados por Deus!


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita