Sobre os
novos tempos
Alguém já considerou que
de Moisés a Jesus foram
tempos de averiguação;
de Jesus a Allan Kardec,
tempos de ressurreição;
de Allan Kardec até os
nossos dias, tempos de
reencarnação, tempos de
luzes, tempos da razão.
Nestes novos tempos,
vemos a constatação de
que o Espiritismo,
realmente, venceu e
vencerá com os homens,
sem os homens e apesar
dos homens. Como diz
Fénelon em O
Evangelho segundo o
Espiritismo, de
Allan Kardec, capítulo I
(Não vim destruir a
lei), item 10, "O
Espiritismo é de origem
divina, pois repousa
sobre as próprias Leis
da Natureza. E crede que
tudo o que é de origem
divina tem um objetivo
elevado e útil. Vosso
mundo se perdia. A
Ciência, desenvolvida
com o sacrifício dos
interesses morais, vos
conduzia unicamente ao
bem-estar material,
revertendo-se em
proveito do Espírito das
trevas. Vós o sabeis,
cristãos: o coração e o
amor devem marchar
unidos à Ciência".
Hoje, não mais cabe
acreditar naquilo que
não nos apresenta uma
base, uma lógica, um
fundamento. Há que se
crer porque se
raciocinou e não porque
alguém impôs que assim
fosse.
O Espiritismo marcha com
a ciência e a filosofia;
é uma religião sem
dogmas e sem rituais; é
atualíssima.
Se porventura estiver
errado em algum ponto,
terá a oportunidade de
reformular esse ponto.
Esta proposta de
reformulação feita pelos
Espíritos nunca foi
preciso lançar mão dela.
Desde o dia 18 de abril
de 1857, data de
lançamento da primeira
edição de O Livro dos
Espíritos, de Allan
Kardec, e
consequentemente data do
surgimento do
Espiritismo na Terra,
jamais foi preciso mudar
nada.
Marchemos com a Doutrina
Espírita neste século 21
e prossigamos com ela,
nos tempos vindouros. Se
estivermos conectados
com os ensinamentos dos
Espíritos, estaremos com
a Verdade; se estivermos
com a Verdade, a Verdade
nos fará livres.
Este é um momento de
transição histórica
fundamental - sem
qualquer conotação
mística em face das
mudanças de século e de
milênio - em que se
torna da maior
importância para todos,
mas particularmente para
os espíritas, o
desenvolvimento de uma
consciência crítica no
tocante a enfoques
interdisciplinares pouco
ou quase nada
correlacionados à
Doutrina Espírita.
Sabemos que as noções
fundamentais da
Codificação Espírita
permitem vislumbrar
horizontes inexplorados,
paralelamente às
investigações
científicas,
contribuindo também para
que tais estruturas se
desenvolvam sobre
sólidos alicerces
espirituais. Na medida
em que for possível uma
interatividade entre os
dois campos, o
enriquecimento será
recíproco.