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por Waldenir A. Cuin

 

Somos observados


“O que pensam de nós os Espíritos que estão ao nosso redor e nos observam? – Isso depende. Os Espíritos levianos riem das pequenas traquinices que vos fazem, e zombam das vossas impaciências. Os Espíritos sérios lamentam as vossas trapalhadas e tratam de vos ajudar.” (Questão 458 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.)


Uma vez que a morte, definitivamente, não existe e que prosseguimos a viver mesmo fora da matéria, é muito natural que em estando na vida espiritual, possamos acompanhar aqueles que ficaram na Terra.

Dessa forma, nossos amigos, parentes ou os Espíritos que se afinizam conosco, com frequência, seguem os nossos passos, como acompanhamos as ações daqueles por quem temos simpatia.

No entanto, será sempre muito oportuno não olvidar que os Espíritos que se aproximam de nós são atraídos pelo que pensamos e fazemos, pois a ciência há muito já ensinou que a energia atrai energia da mesma natureza.

Assim, precisamos observar, cuidadosamente, como estamos agindo, que tipo de mensagem estamos passando aos outros, pois nossa vida exerce influência sobre a vida alheia, como o comportamento dos outros também dita procedimentos em nossas ações.

Então, os Espíritos que nos observam, dependendo do que estamos fazendo, riem das nossas atitudes, se divertem com as preocupações infundadas que alimentamos ou lamentam as decisões que tomamos, quando escolhemos seguir por estradas sombrias.

Conhecendo tais informações, será valiosa a nossa precaução em procurar fazer somente o que é belo, nobre e sublime, pois assim estaremos mantendo conosco a presença de Espíritos que também se prestam a tais realizações. Ainda, as entidades espirituais que não se dão ao cultivo da dignidade, logo tomarão outros rumos, uma vez que, do lado de quem pauta a vida pelas diretrizes do Evangelho do Cristo, não haverá lugar para os indiferentes, desocupados e perversos.

Caso contrário se dará, se vivermos na inércia, preguiça e descuido para com os reais valores da vida, pois, assim, nossa atração recairá sobre os Espíritos da mesma natureza, o que nos leva a concluir, sem sombra de dúvida, que muitos prejuízos teremos, pois que a presença de quem não tem equilíbrio, ombreando conosco, certamente nos proporcionará os consequentes deslizes que o desequilíbrio promove.

Portando, não é difícil entender qual deverá ser a tônica dos nossos atos e ações. As Leis Divinas estabelecem um código perfeito, onde cada um receberá de acordo com as suas obras. Não existe nada de novo, pois Francisco de Assis, há muito tempo, já ensinou à humanidade “que é dando que se recebe” e Jesus, em suas lições inquestionáveis e de profundo valor educativo, não se esqueceu de dizer da necessidade do amor ao próximo.

Na verdade, quem ama, quem serve, quem trabalha pelo próximo, quem vê no irmão do caminho alguém que merece respeito, consideração; quem procura não ferir ninguém, não magoar, não prejudicar quem quer que seja, pode ter certeza, contará sempre com a assistência dos bons Espíritos, daqueles que se esforçam para a construção de um mundo melhor.

Já os que trilham por outras estradas, vivendo na indiferença, na apatia, magoando, ferindo, maltratando, obviamente não poderá esperar senão pela presença dos Espíritos da mesma natureza e, indiscutivelmente, os prejuízos serão grandes.

Temos o livre-arbítrio. Decidimos por nós mesmos. Assim, cuidemos de analisar que tipo de vida estamos levando e, por consequência, saberemos quais são os Espíritos que estão nos acompanhando.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita