Em busca
da saúde plena
Se alguém procura a
saúde, pergunta-lhe
primeiro se está
disposto a evitar no
futuro as causas da
doença; em caso
contrário, abstém-te de
o ajudar. (Sócrates)
Nada que acontece em
nossa vida é obra do
acaso, o desequilíbrio
de nossas forças exige o
reequilíbrio da saúde; a
nossa ignorância diante
da lei divina nos exige
instrução e virtude;
pois todos os
sentimentos inferiores e
hábitos ruins vão nos
prejudicar o corpo e a
mente, e mais, atrair
companhias indesejáveis
em torno do nosso halo
fluídico.
Buscamos a paz. A
verdadeira felicidade é
o sonho de todos,
entretanto, ela é
impossível sem
verdadeira saúde, e
saúde integral – corpo e
mente. É impossível se
não nos aplicarmos ao
controle dos nossos
anseios, desejos e
egoísmo.
Jesus exortou dessa
forma: “Assim,
brilhe vossa luz”
(Mateus 5: 16). Para que
desenvolvamos nossa
saúde e nossa sabedoria.
Essa é a primordial
tarefa nossa, como seres
inteligentes:
desenvolver todo o nosso
potencial.
E nos parece que essa
fonte de luz passa pelos
nossos olhos, tanto que
Jesus diz: “Se teu olho
direito é para ti causa
de queda, arranca-o e
lança-o longe de ti,
porque te é preferível
perder-se um só dos teus
membros, a que o teu
corpo todo seja lançado
na Geena [no
sofrimento]” (Mateus
5: 29). É certo que
quando utilizamos mal os
demais membros,
potencializamos a dor.
E o Mestre volta a dizer
que, quando nosso olho
for bom, todo nosso ser
terá luz. “O olho é a
luz do corpo. Se teu
olho é são, todo o teu
corpo será iluminado”
(Mateus 6: 22).
Não é o olho físico que
causa a queda, e sim o
espírito que, pelo
processo mental,
visualiza as coisas e
desenvolve o bem e o
amor ou o vício e a
paixão, gerando o
potencial sofrimento.
Encontramos um exemplo
em Jó, que, diante do
sofrimento, dizia: “Meus
olhos estão atingidos
pela tristeza, todo o
meu corpo não é mais que
uma sombra” (Jó 17: 7).
Temos assim que o corpo
é um instrumento de
aperfeiçoamento da alma.
A mãe de André Luiz (1),
na outra dimensão,
ensina ao filho: “Nossa
dor não nos edifica
pelos prantos que
vertemos, ou pelas
feridas que sangram em
nós, mas pela porta de
luz que nos oferece ao
espírito, a fim de
sermos mais
compreensivos e mais
humanos”.
Lembrando o ensino de
Jesus e também a
reencarnação, esclarecia
Allan Kardec: “As
aflições na Terra são os
remédios da alma; elas
salvam para o futuro,
como uma operação
cirúrgica dolorosa salva
a vida de um doente e
lhe devolve a saúde. É
por isso que o Cristo
disse: ‘Bem-aventurados
os aflitos, pois eles
serão consolados’!”.
Na maioria das vezes
essa consolação só
ocorrerá na vida futura
ou em outra existência
corporal, conforme
escreveu Emmanuel (2):
“Os desesperados
tornarão à harmonia, os
doentes voltarão à
saúde, os loucos serão
curados, os ingratos
despertarão...
“É da Lei do Senhor que
a luz domine a treva,
sem ruído, sem
violência. Recorda-te
que toda dor, como toda
nuvem, forma-se,
ensombra-se e passa...
“Se outros gritam e
oprimem, espancam e
amaldiçoam, acalma-te e
espera...
“Não olvides a palavra
do Mestre quando nos
afirmou que a Deus tudo
é possível, e,
garantindo o teu próprio
descanso, refugia-te em
Deus”.
1 - Nosso
Lar, obra de André
Luiz (Chico Xavier),
editora FEB.
2 - Palavras
de Vida Eterna, obra
de Emmanuel (Chico
Xavier), editora CEC.
Arnaldo Divo Rodrigues
de Camargo é diretor da
Editora EME