Joias da poesia
contemporânea

Autor: Manoel Monteiro

 

Dom de Deus


Caridade — o doce alívio

Àquele que pede à porta;

Entretanto, além do amparo,

A frase que reconforta;

O socorro em que te mostras

Onde o bem se faz preciso,

Colocando em cada gesto

A dádiva de um sorriso.

 

Caridade — a paciência

No apoio do braço irmão

Que suporta o companheiro

Na hora da irritação;

O ouvido que escuta e cala,

Cumprindo santo dever,

Esquecendo tudo aquilo

Que não se deve dizer.

 

Caridade — a mente calma

Da criatura sincera,

Que ajuda sem reclamar,

Que jamais se desespera;

A voz que adoça pesares,

Que não fere, nem se cansa,

Vestindo a dor da verdade

Na túnica da esperança.

 

Caridade — dom de Deus,

A bondade dividida,

Será sempre, em toda parte,

A luz que clareia a vida;

Mas só fica onde trabalha

E nunca aparece em vão,

Quando nasce, vibra e serve

Por dentro do coração.


Do livro Caridade, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita