Árdua vigilância
Iniciamos nossas palavras relembrando o capítulo XVIII
do Evangelho de João, dos versículos 17 a 27, que diz:
“A criada que guardava a porta diz então a Pedro: “Não
és tu, também, um dos discípulos deste homem?” Respondeu
ele: “Não sou”. Os servos e os guardas tinham feito uma
fogueira, porque estava frio; em torno dela se aqueciam.
Pedro também ficou com eles, aquecendo-se...
Disseram-lhe então: “Não és tu, também, um de seus
discípulos?”. Ele negou e respondeu: “Não sou”. Um dos
servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro
decepara a orelha, disse: “Não te vi no jardim com
ele?”. Pedro negou novamente. E logo o galo cantou...
Muito conhecida essa passagem, muito comentada e visível
em praticamente todos os filmes sobre Jesus. Imaginamos
o quanto foi dolorosa para Pedro a dor da culpa,
necessitando Jesus, em espírito, depois aparecer e
conversar com ele, perguntando três vezes a Pedro:
“Pedro, tu me amas?”. Reerguendo-o e lhe solicitando que
apascentasse suas ovelhas. Pedro se levantou,
tornando-se o grande pai da Casa do Caminho, em
Jerusalém, impressionando Paulo, pela sua grandeza
espiritual.
Sem inculpar, pois, todos erramos ao longo de nossa
jornada evolutiva, tomamos Pedro como exemplo de queda e
redenção.
O momento em que nos encontramos é de necessidade de
grande vigilância e atenção. Muita oração, muita fé.
Os centros espíritas em grande parte do Brasil fecharam
suas portas devido à epidemia do Covid. Muitos, com
esforço redobrado, se mantiveram nas reuniões
mediúnicas, respeitando o uso de máscaras e o
distanciamento pedido, além de baixo número de
frequentadores. Respeitamos a decisão de todos eles,
mesmo porque, legalmente, algumas cidades fecharam suas
portas por lei. Aqueles que puderam continuar
trabalhando, em cidades menores, onde não foi imposta
essa lei, frequentando em número reduzido, puderam ouvir
as ameaças de sempre, dos Espíritos que ainda continuam
com ódio do bem.
Através da psicofonia, Espíritos ainda ligados ao mal
comparecem, com palavras agressivas e achando-se com a
vitória sobre o bem, tendo em vista “terem conseguido”
fechar as portas dos centros espíritas do Brasil e do
mundo. Acham que foi obra deles. Como se o amor divino
permitisse a vitória do mal! Pobres irmãos! Não sabem o
que fazem! Equivocam-se com o que dizem!
Nós, que somos os humildes trabalhadores do bem, de
todas as religiões, com representantes das quais
conversamos, temos a unicidade de pensamento, de que por
trás de um aparente mal, a bondade Divina fará surgir um
bem maior! Alguma preciosa lição a humanidade aprenderá.
Quem sabe se reerguerá como Simão Pedro?
A hora é de vigilância extrema, dada a ação intensa das
hostes das trevas.
Muitos médiuns estão entrando em processos obsessivos,
pelo fechamento das portas dos centros espíritas que
frequentam. Estamos recebendo comunicações referentes a
isso de diversos amigos do Brasil afora!
Muitos amigos devotados, trabalhadores do bem,
comentando sobre os ataques espirituais que estão
sofrendo e de modo incessante.
Espíritos diversos, ligados ainda ao mal, comparecem em
reuniões mediúnicas pelo Brasil, dizendo estarem
atacando todos os lidadores do bem, todos os que emitem
uma luz que os distingam, pelo amor que apresentam, em
todos os lugares do planeta.
A grande maioria dos Espíritos que assim se comunicam
acaba sendo socorrida, na própria reunião mediúnica,
amparada pelos lidadores de Jesus. Um grande bem de um
aparente mal. As trevas estão sendo socorridas de modo
inumerável. “As trevas quiseram ofuscar a luz, mas não o
conseguiram e a luz brilhou sobre as trevas”, do
Evangelho de João, aqui reportadas. A luz vencerá. Vence
sempre.
A luz brilhará, mas os ataques ferrenhos e a história de
Pedro acima narrada é para nos chamar a atenção sobre a
grande necessidade de vigilância e oração. O momento é
de manter a casa sobre a rocha e a fé inundar os
corações. O momento é crucial. Vigilância e oração para
não cairmos em tentações.
Os médiuns, inumeráveis, no Brasil, que estão sentindo
os ataques espirituais, redobrem as orações e o serviço
de caridade. Mediunidade é serviço ao semelhante. Há
irmãos necessitados em toda a parte. Mantimentos,
agasalhos. Palavras consoladoras. Se impedidos
momentaneamente de se reunirem em trabalhos mediúnicos,
devido ao momento ímpar que vivemos, em que o
distanciamento se tornou tábua de salvação do corpo
físico, com a higiene e a máscara, nada impede ninguém
de jogar um balde d’água num incêndio, como dizia nosso
amigo Jerônimo Mendonça.
“Ninguém está impedido de jogar um balde d’água num
incêndio, enquanto o bombeiro não vem”, dizia ele.
Unamos as mãos em trabalhos solidários, fraternos,
atendendo aos muitos que, impedidos de trabalhar, estão
passando fome. Unamos os nossos esforços no bem. A
solidariedade está intensa. Façamos parte dela e
atendamos com carinho socorrendo os que necessitam. Isso
é ação na mediunidade, serviço ao próximo. Com todos os
cuidados requeridos pela pandemia.
Estejamos em paz, com muita vigilância e oração, para
que a luz resplandeça e as trevas sejam socorridas e
deixem de ser trevas, tornando-se luz.
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