O
casamento atrapalha a
caridade?
“E estavam ali, olhando
de longe, muitas
mulheres que tinham
seguido Jesus desde a
Galileia, para o servir.
Entre as quais estavam
Maria Madalena e Maria,
mãe de Tiago e de José,
e a mãe dos filhos de
Zebedeu.” - Mateus
(27:55-56)
Por que tantas desculpas
para servir no bem?
O desculpismo: nesse
terreno de assistência
espiritual, vemos
quantos pretextos são
inventados pelas
criaturas terrestres
para fugir ao testemunho
da verdade divina, nas
tarefas que lhes são
próprias...
Os moços declaram-se
muito jovens para
cultivar as realidades
sublimes, os mais idosos
afirmam-se inúteis para
servi-las. Os casados
reclamam quanto à
família, os solteiros
queixam-se da ausência
dela... (1)
Dizem os supersticiosos
que casais experimentam,
depois dos sete anos, a
sua primeira crise
conjugal. Outros, mais
pessimistas, acham que
as crises são uma
constante na vida a
dois.
Em dezembro, todo mundo
quer estar casado; em
fevereiro, solteiro! (2)
Compreendamos o
casamento como sendo um
consórcio de realizações
e concessões mútuas,
cuja falência é preciso
evitar.
Divulguemos o princípio
da reencarnação e da
responsabilidade
individual para que os
lares formados atendam à
missão a que se
destinam. (3)
Em nosso sangue circula
tudo, porque ele é feito
de tudo o que comemos,
aspiramos e bebemos —
mas também das nossas
emoções, que são os
sentimentos e desejos.
Estamos aprendendo a
cuidar do que comemos,
aspiramos e bebemos, mas
devemos aprender a
cuidar das emoções e
vivências.
Sejamos ativos na
criação de bons hábitos
e na prática da
fraternidade, agindo em
tudo com ética e amor,
que a paz será nossa
companheira.
"Por isso deixará o
homem a seu pai e a sua
mãe, e unir-se-á à sua
mulher, e serão os dois
uma só carne. De modo
que já não são mais
dois, mas uma só carne.
Portanto, o que Deus
ajuntou não o separe o
homem." (Mc 10:7-9)
No dizer de Jesus, o
casamento é uma união
santificada por Deus, e
os homens não podem unir
ou desunir, e nada há a
temer, pois que Deus é
amor e infinitamente
sábio, bom e justo.
Nessa sociedade, que
deve se transformar no
lar acolhedor onde
sempre existe a alegria
de retornar, alguns
elementos são marcantes:
o pacto mútuo das duas
almas que se comprometem
com um futuro promissor;
uma prova testemunhal
diante da comunidade; e
a união sexual, que
realiza o prazer e a
função da procriação,
lei admirável da
reencarnação.
Não existe uma regra
melhor para servir a
Deus, à família, à vida
e à sociedade, podendo
ser casado ou solteiro
(qualquer uma dessas
condições é
irrelevante), para quem
se dispõe a fazer o bem
àquele que está
necessitando.
Bibliografia:
(1) André
Luiz (Chico Xavier),
“Bacelar”, cap. 28, “Os
Mensageiros” – FEB.
(2)
“Existe vida, depois do
casamento”, Dr.
Francisco Cajazeiras,
entrevista ao Leitor –
EME.
(3) André
Luiz (Waldo Vieira) –
“Sol nas almas” – FEB.
Arnaldo Divo Rodrigues
de Camargo é editor da
Editora EME.