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por Altamirando Carneiro

 

A eternidade da vida


Por que ainda hoje temos tantas dúvidas acerca da vontade divina? Tudo o que aconteceu a Jesus foi para ampliar o nosso conhecimento e, no entanto, ainda hoje temos dúvidas sobre quase tudo e em especial sobre a eternidade da vida. Acreditamos na morte que não existe e não acreditamos na vida, que é eterna. 

"Olhem para as minhas mãos e os meus pés e verão que sou eu mesmo... toquem em mim e acreditarão." A prova da sobrevivência após a morte era irrefutável. "Toquem em mim", disse Jesus. Só assim os discípulos puderam ficar contentes pela volta do Mestre. 

Em geral, ainda confundimos como morte a transformação do corpo físico, feitos por moléculas que voltam à Natureza após a ausência vivificante do Espírito, e que animarão novos corpos. Aceitar a existência da morte como ausência da vida é criar uma situação em que nem Deus pode nela estar, pois no dizer do Mestre, Deus trabalha sem cessar e não se pode trabalhar onde nada exista que permita a ação. Deus é onipresente.

Mostrando-se aos discípulos após a sua crucificação, mostrou Jesus a todos que a morte não existe. A vida somos nós, Espíritos, que um dia tivemos um começo para vivermos uma eternidade. Somos centelha divina retirada Daquele que é eterno. A eternidade nos pertence e é para ela que Jesus nos espera.

Temos longa estrada a percorrer dentro de nós mesmos, estrada essa que se ilumina na medida em que nos iluminamos. Somos herdeiros do Universo e de toda a harmonia que está contida e que nos leva à felicidade perene, porém devemos fazer nosso esforço para nos encontrarmos com ela. O combustível que nos ajuda a alcançá-la chama-se amor. Cada ato, cada gesto na senda do amor é como se tirássemos um véu que dificultava o aflorar desta felicidade. 

Não há como evitarmos a vivência do amor em nossos atos, pois cada ação menos digna reclama reparo de nossa consciência e cada reparo, por mais doloroso que seja, é retorno ao amor. Se nos mostrou Jesus a eternidade da vida, também nos mostrou a necessidade de vivermos seus ensinamentos, quando disse a Pedro: "Cuidado, Pedro, pois quem fere pela espada pela espada será ferido". E quem serve com amor por ele será servido, na conquista da autoiluminação. 


  

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita