Joias da poesia
contemporânea

Autor: Carmen Cinira

 

Ide e fazei

 
Ide e fazei o bem, enquanto é dia!…

Bendita a mão que ara e que semeia

Enquanto a Terra canta e brilha, cheia

De beleza, de luz e de alegria.

 

Não vos pese seguir, de pés sangrando,

Na caminhada sobre o pedregulho…

Como o sol, trabalhando sem barulho,

O amor segue servindo, forte e brando.

 

Infortunado é aquele que descansa,

Que, por temer a dor, escapa e dorme;

Mais tarde, lutará, por tempo enorme,

Sem alívio, sem paz, sem esperança…

 

Somente o lavrador que se desvela,

Enriquecendo a terra sem canseira,

Seguirá, do suor da sementeira,

Para a seara milagrosa e bela.

 

Ide e fazei o bem que vos resguarde

Contra o inverno cruel, triste e vazio,

Pois no vale da morte, escuro e frio,

Há quem clame e padeça muito tarde.

 

Do livro Marcas do caminho, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita