Ide e fazei
Ide e fazei o bem, enquanto é dia!…
Bendita a mão que ara e que semeia
Enquanto a Terra canta e brilha, cheia
De beleza, de luz e de alegria.
Não vos pese seguir, de pés sangrando,
Na caminhada sobre o pedregulho…
Como o sol, trabalhando sem barulho,
O amor segue servindo, forte e brando.
Infortunado é aquele que descansa,
Que, por temer a dor, escapa e dorme;
Mais tarde, lutará, por tempo enorme,
Sem alívio, sem paz, sem esperança…
Somente o lavrador que se desvela,
Enriquecendo a terra sem canseira,
Seguirá, do suor da sementeira,
Para a seara milagrosa e bela.
Ide e fazei o bem que vos resguarde
Contra o inverno cruel, triste e vazio,
Pois no vale da morte, escuro e frio,
Há quem clame e padeça muito tarde.
Do livro Marcas do caminho, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.