Um caso de minhas traduções que me
emocionou
Com esta coluna, homenageio o meu querido leitor Ernesto
Feital (15/5/1947–5/5/2015), um espírita psicólogo do
Grupo Espírita Irmã Sheila e do Centro Oriente, ambos de
Belo Horizonte (MG). Ele desencarnou em um acidente de
carro. Durante 40 anos, foi barbeiro voluntário no
Hospital Raul Soares e no Asilo Afonso Pena, também de
BH.
Em meus livros, artigos como o desta coluna, desde o ano
de 2000, preocupo-me em fazer textos com português
correto, mas não buscando prestígio literário e sim a
clareza para o fácil entendimento de meus leitores. E
isso vale também para meus programas de rádio, tevê e
para as minhas palestras espiritualistas para a
Maçonaria, PUCs, Rosacruz, Umbanda, Candomblé,
Templários, Teosofia etc., e principalmente para o
Espiritismo em vários estados do Brasil e Portugal.
Esse meu modo de ser como jornalista e escritor me valeu
o convite do fundador e proprietário de O TEMPO,
Vittorio Medioli, para eu escrever nesse seu diário, o
mais vendido de MG. Segundo Medioli, eu tenho um poder
de síntese muito especial no que escrevo, dizendo muito
em pouco espaço, enquadrando-me, pois, na filosofia de O
TEMPO. Isso foi lá por volta do ano 2000 e, é claro, que
fiquei muito feliz e grato a ele por esse convite para
escrever em um dos jornais que, hoje, é um dos maiores
veículos midiáticos latino-americanos, o que me deu uma
grande experiência e prestígio como escritor e
jornalista.
Pois bem, foi essa minha preocupação em ser sintético,
simples e claro no que faço que despertou também a
atenção do Ernesto Feital, ao qual já me referi. Ele
gostou tanto das traduções que fiz de “O Livro dos
Espíritos” e de “O Evangelho segundo o Espiritismo”,
ambos de Kardec, que ele tomou a decisão de pedir à
Editora Chico Xavier, que editou as duas minhas
traduções, uma nova edição dupla delas, custeada
inteiramente por ele, reunindo, pois, num só volume as
duas traduções. Essa edição ficou em torno de R$
70.000,00 e cujos exemplares é para serem distribuídos
gratuitamente, como está dito na capa. Mas isso até
parece uma anedota, pois, os outros tradutores dos
livros de Kardec são de alto nível literário,
principalmente, o engenheiro civil espírita Guillon
Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras e assessor de
língua portuguesa de Rui Barbosa, que muito o elogiou no
Senado Federal como revisor do Código Civil, redigido
por Rui.
Não tive a honra de conhecer, pessoalmente, o Ernesto,
mas sinto que tenho uma grande sintonia com ele. E está
explicado o porquê de eu fazer essa coluna em homenagem
de sempiterna gratidão a ele pelo admirável e
emocionante prêmio que deu ao meu simples trabalho
literário espírita! E termino pedindo aos meus queridos
leitores uma prece para o grande espírita Ernesto Feital!
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