Que ocorre com o Espírito de uma pessoa durante o coma
Do grego kôma (sono profundo),
coma é definido como o estado patológico em que há perda
de consciência, ausência ou redução das reações a
estímulos e eventual alteração de funções vitais (ex.:
coma alcoólico, coma diabético).
Segundo os especialistas, muitas patologias e lesões
podem afetar o bom funcionamento do encéfalo e provocar
o coma, que pode perdurar por um tempo curto, médio ou
longo, dependendo das causas que o motivaram.
Seja qual for sua duração, muitas pessoas perguntam-nos
como fica o Espírito da pessoa durante esse estado. Ele
se desprende do corpo ou fica perto do veículo corpóreo?
Desprendendo-se, pode trabalhar na condição de Espírito?
Pode estudar?
Em artigo publicado nesta revista, Orson Peter Carrara
examinou o assunto mencionando o livro Vinte Dias em
Coma, de autoria do confrade Wilson Frungilo Jr.,
que examina exatamente as questões a que nos referimos.
Na obra citada, composta na forma de romance, o
personagem principal é um vaidoso e arrogante empresário
bem-sucedido que é levado ao estado de coma e, nesse
estado, ouve tudo o que se passa à sua volta, o que
produz expressiva renovação em seus sentimentos ao
perceber realidades que seu orgulho não permitia ver.
Quando retornou do coma, motivado pelo que ouviu, deu
outro rumo à própria vida.
A história mencionada pode, assim, ajudar-nos a
compreender o que se passa durante o coma e deduzir os
benefícios, em termos morais e espirituais, que o coma
pode trazer a uma pessoa, uma vez que, examinando o
assunto tão somente pela ótica materialista, não é
possível vislumbrar no fato nenhum benefício, salvo
quando o coma seja necessário e, por isso, induzido pela
equipe médica responsável.
São inúmeros os relatos de pessoas que voltaram do coma
e afirmaram ter podido acompanhar, como se estivessem
perfeitamente acordadas, os fatos que se passaram a seu
lado durante aquele estado, confirmando o enredo do
livro Vinte Dias em Coma.
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No livro Plantão de Respostas – Pinga Fogo II,
publicado em 1995 pela Editora CEU, Emmanuel, valendo-se
da mediunidade de Chico |
Xavier, respondeu a uma pergunta semelhante
à que citamos inicialmente, expressa nos
seguintes termos: “O que se passa com os
Espíritos encarnados cujos corpos ficam
meses, e até mesmo anos, em estado
vegetativo (coma)?” |
Eis a resposta dada por Emmanuel, constante da obra
mencionada:
“Seu estado será de acordo com sua situação mental. Há
casos em que o Espírito permanece como aprisionado ao
corpo, dele não se afastando até que permita receber
auxílio dos Benfeitores espirituais. São pessoas, em
geral, muito apegadas à vida material e que não se
conformam com a situação. Em outros casos, os Espíritos,
apesar de manterem uma ligação com o corpo físico, por
intermédio do perispírito, dispõem de uma relativa
liberdade.
Em muitas ocasiões, pessoas saídas do coma descrevem as
paisagens e os contatos com seres que os precederam na
passagem para a Vida Espiritual. É comum que após essas
experiências elas passem a ver a vida com novos olhos,
reavaliando seus valores íntimos.
Em qualquer das circunstâncias, o Plano Espiritual
sempre estende seus esforços na tentativa de auxílio.
Daí a importância da prece, do equilíbrio, da palavra
amiga e fraterna, da transmissão de paz, das
conversações edificantes para que haja maiores condições
ao trabalho do Bem que se direciona, nessas horas, tanto
ao enfermo como aos encarnados (familiares e médicos)”.
As explicações de Emmanuel permitem que entendamos que,
se há muitas coisas na vida que temos dificuldade de
compreender, todas elas – todas, sem exceção – têm um
propósito e mostram que o acaso não existe, como Joanna
de Ângelis,
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reportando-se aos acontecimentos
aparentemente casuais, assim escreveu em seu
livro Alerta, cap. 3, obra
psicografada por Divaldo P. Franco: |
“O imprevisível é a presença divina, surpreendendo a
infração.
“O insuspeitável pode ser considerado como a
interferência divina sempre vigilante.
“O inesperado deve ser levado em conta como a ocorrência
divina trabalhando pela ordem.”