Crianças
espirituais
Eu sou a porta; se
alguém entrar por mim,
salvar-se-á, e entrará,
e sairá, e achará
pastagens. (João,
10:9)
Nesta maneira simbólica
de se apresentar, Jesus
quis dizer que Ele é a
passagem para algo
maior, ou seja, o reino
de Deus.
O ato de atravessarmos
uma porta significa que
antes a elegemos como
alvo a ser atingido e
direcionando a nossa
vontade, caminhando sem
desvios em sua direção,
por ela adentraremos.
Assim acontece com a
nossa evolução
espiritual. Temos Jesus
como guia, porém, para
atingirmos o ambiente
maior, o reino de Deus,
ao qual estamos
destinados, faz-se
mister o nosso esforço,
para que, com caminhada
segura ao longo dos
tempos, possamos cruzar
a porta do nosso
destino.
Na condição de Bom
Pastor, tange-nos Jesus
desde tempos imemoriais,
na direção da conquista
de nós mesmos.
Orientando-nos os
passos, tira-nos hoje do
reino dos instintos para
nos conduzir ao imenso
reino dos sentimentos.
Pede-nos que aprendamos
amar sem condicionar, a
fim de que a síntese de
todos os sentimentos, o
Amor, possa crescer em
nosso coração e dar os
suculentos frutos que só
ele pode produzir.
Ele conhece a nossa
condição de crianças
espirituais, ainda
ensaiando os primeiros
passos fora do campo da
animalidade e da
barbárie e por isso
se coloca na condição de
Bom Pastor, apascentando
ovelhas, para que
entendamos que a
evolução se processa
pela mansuetude que este
suave animal representa.
Sabendo que o erro nos
vincula a dores futuras,
pede que aprendamos a
perdoar
incondicionalmente.
Mostra-nos que a alma se
sente mais gratificada
quando perdoa, pois a
sua consciência deixa de
acusá-la. Ensina que há
encantos de inenarrável
beleza quando se age
através do amor, por ser
esta a força a síntese
de todo o equilíbrio da
Obra Divina. Encontra a
alma, quando o exerce,
intensa serenidade a lhe
propiciar doce
sentimento de paz. Por
ele, eleva-se ao
encontro de seres
radiosos e, em sintonia
com eles, antecipa as
sensações de felicidade
que viverá no futuro, se
persistir neste caminho.
Pelo amor, sente o homem
a necessidade de ser
útil e, esquecendo-se de
seus próprios
problemas, sai ao
encontro do próximo,
auxiliando-o no que
possa, sem nada pedir em
troca. Serve apenas pela
satisfação de servir,
engrandecendo-se aos
olhos de sua própria
consciência.
Ao fim da jornada,
encontra a porta que lhe
permitirá a passagem
para um mundo radioso e
cheio de luz, onde as
dores e as preocupações
não existem e a
felicidade se torna
permanente. Eis o
destino dos que,
aceitando os
ensinamentos de Jesus,
amam verdadeiramente.