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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

A luz e a escuridão


“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:16)


Essas sábias palavras são estímulos para que busquemos constantemente a luz. Sem ela, nada vemos no âmbito físico. Mas esse despertar é muito mais profundo, já que requisita a visão do nosso verdadeiro mundo que é a do Espírito. Para que o diamante espelhe o seu brilho, impõe-se-lhe a lapidação. O Espírito, também imperfeito, necessita do esmeril para que venha reluzir a sua luz obscurecida com as nódoas existenciais da longa caminhada evolutiva.

Enquanto não atentarmos para essa necessidade, estaremos fadados a continuar com as dores e sofrimentos que nos fustigam. As mudanças se fazem necessárias e quanto mais delongarmos esse processo de burilamento regido pela Lei Divina, mais sofrimentos teremos, visto que, enquanto não totalmente liberta a consciência, as cobranças acontecerão incessantemente.

Alcançando as virtudes latentes no Espírito, estaremos seguindo as palavras e o exemplo do Cristo. Não esqueçamos de que Deus é o Criador Supremo e nós, na condição de filhos, somos cocriadores. Em João 10:34, consta: “Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses?”. Com essa assertiva fica evidente nossa imensa capacidade de realização.

Sócrates (470 a.C.-399 a.C.) já dizia: “Conhece-te a ti mesmo”. Jesus com a sua sabedoria nos ensinou, segundo João 8.32: E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. O conhecimento do nosso Eu nos trará as verdades adormecidas e quando reveladas pelo despertar da nossa consciência, levar-nos-á ao necessário ajuste para seguirmos o Caminho da Luz.

Encontramos no Livro Autodescobrimento – Uma busca interior, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, 17ª Edição, pág. 158: “A libertação do Eu profundo ocorre à medida que se desenfeixa dos desejos - raga (as paixões) do conceito budista -, a fim de alcançar a realização interior”.

Esse processo de transformação e renúncia dos velhos hábitos, onde o orgulho e o egoísmo predominam, leva-nos desconforto, já que estamos acostumados com atitudes que conflitam com a humildade e a caridade, virtudes basilares do ser Cristão. Na obra Voltei, 1ª Edição – Editora FEB, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Irmão Jacob, item Novo Despertar, consta: “Ora, vigia, movimenta-te no esforço digno e sê feliz, meu amigo! A tua luz crescerá com a dilatação de teu devotamento ao Bem Infinito”.

Precisamos mergulhar em nosso interior e expandir a luz que lá permanece tênue. Estaremos assim consolidando a nossa condição de cocriadores da Obra de Deus, levando as verdades divinas para todos que conosco convivem. Dessa forma a nossa candeia não permanecerá “debaixo do alqueire”. (A escuridão nada mostra, é anônima, enquanto a luz, por ser a verdade, nada esconde.)



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita