Pandemia - Vale a pena viver (2)
A ilusão da morte!
No primeiro artigo, abordamos como se pode perder o medo
da morte, através da razão, da espiritualidade
raciocinada, baseada em fatos que comprovam a
imortalidade do Espírito.
Agora, vamos abordar a morte, propriamente dita.
Desde sempre considerada como má, a pior coisa que pode
acontecer, uma desgraça sem retorno, a morte morreu com
o Espiritismo em 1857, já que demonstrou que a vida
continua após a morte do corpo físico.
Em termos da pandemia da COVID-19, o número de pessoas
que já desencarnaram (faleceram) no mundo todo já
ultrapassa os 2 milhões (em fevereiro de 2021).
Pode-se dizer que é pouco, se comparado com a anterior
pandemia, há 100 anos.
No entanto, como eu convivo com a morte?
Como convivo com essa possibilidade, agora amplificada
pela pandemia?
Como reajo à morte de amigos, conhecidos, colegas,
familiares?
De um modo geral, encontramos nas redes sociais votos de
condolências, de pesar, numa maneira de demonstrar
solidariedade, nestes momentos inesperados. Outros,
referem-se à perda de pessoas, perdas irreparáveis.
Outros ainda, respeitando a tradição, deixam mensagens
de “RIP” ou “descansa em paz”.
Mas, se a Doutrina dos Espíritos (Espiritismo ou
Doutrina Espírita – que não é mais uma seita nem
religião, mas, sim, uma filosofia de vida) demonstrou a
imortalidade do Espírito, como encarar estas práticas
sociais, habituais, enraizadas nas religiões
tradicionais?
Como é o despertar do Espírito no mundo espiritual após
o decesso do corpo físico?
As pesquisas de Allan Kardec, utilizando o método
científico, as investigações efetuadas pela Metapsíquica
e pela Parapsicologia, as modernas pesquisas em torno da
imortalidade, desde o relatório de Scole (Scole Report)
até a pesquisa atual, na Universidade do Arizona, EUA,
do “Soulphone” (telemóvel para falar com o mundo
espiritual), vêm desmontar a falácia da tese
materialista da vida, encontrando novos paradigmas,
muito bem estudados, como as Experiências de Quase-Morte
(EQM’s), as Experiências Fora do Corpo (EFC’s), as
Visões no Leito de Morte (VLM’s), os Casos Sugestivos de
Reencarnação (CSR) e a Comunicação com os Espíritos por
meios humanos (TCM) e electrônicos (TCI).
Hoje existem provas inequívocas de que a vida continua
em outro plano vibratório (o mundo espiritual)
Comprovada experimentalmente a imortalidade dos
Espíritos, coloca-se a questão: se é assim, como
acontece o despertar dos familiares, no mundo
espiritual?
Tal evento ocorre naturalmente, como se vivêssemos aqui
e fôssemos mudados repentinamente de localidade.
A vida no mundo espiritual é uma sequência vida
material.
Assim sendo, quando largamos o corpo de carne pelo
fenômeno biológico da morte, continuamos no mundo
espiritual, noutro estado vibratório, tal e qual como
éramos quando no corpo carnal: com os mesmos defeitos,
virtudes e tendências, já que uma simples mudança de
morada não muda o caráter de ninguém.
Se estiver em paz, eu verei seres espirituais nessa
faixa vibracional que me vêm recolher para algum
Hospital ou cidade no mundo espiritual.
Se estiver com complexo de culpa, por ter sido carrasco
da Humanidade, manter-me-ei nessa faixa vibratória de
angústia e sofrimento até que descubra que é possível
estar de modo diferente, pensando de maneira diferente.
Não há castigo divino nem recompensa, apenas existe
aquilo que somos e fazemos de nós próprios.
Em jeito de brincadeira, um amigo costuma dizer que, nos
funerais, quando o padre diz “Dai-lhe Senhor o eterno
descanso, ou descansa em paz”, ele pensa e diz “Senhor,
não ligue, que ele não sabe o que diz” (sorrisos…).
Se a vida continua, tal como aqui, desejar o eterno
descanso a alguém é uma praga das piores que existem
(sorrisos…); desejar que o amigo, familiar esteja, por
toda a eternidade, sem fazer nada, quando nós aqui na
Terra ficamos perturbados quando não temos atividade
útil no quotidiano...
Não faz sentido, de fato!
A Doutrina Espírita (Espiritismo) vem demonstrar que a
vida continua noutro estado da matéria (mais subtil,
etéreo), vem explicar que entramos no mundo espiritual
tal como somos agora, com as qualidades e defeitos, e
que nos espera um grande plano evolutivo e feliz, a
todos, sem exceção, vida após vida, reencarnação após
reencarnação, até que, um dia, sendo Espíritos puros,
não precisemos mais de reencarnar, tendo a tarefa de com
Deus, cocriar.
“Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sem
cessar, tal é a Lei.” (Continua)
Bibliografia:
Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos.
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