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por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

 

Covid-19 – prevenção física e espiritual


Como não irmos para o Mundo de Regeneração sem a morte?

Morte é vida, é uma bênção quando chega nossa hora.

O que é preciso é o cuidado para não “antecipar” a nossa hora; para isso, hoje: usar máscara e, chegando em casa, lavar as mãos, usar álcool em gel sempre que tiver contato com objetos manuseados por outras pessoas ou que tiver tido contato com outras pessoas, e manter distância de 1,5m a 2m.

Estou indo em três clínicas voluntariamente fazer palestras e atender aqueles que precisam de uma orientação terapêutica, espiritual e jurídica (atendimento fraterno), depois de diversos cursos que concluí.

Em duas delas existem 60 pacientes cada, e noutra são 18 internos, e ninguém se contaminou. Lá dentro, como os internos já fizeram testes antes de entrar (e tiveram quarentena antes de circular entre os outros pacientes), eles mantêm a distância, porém não usam máscara, não usam álcool em gel – usam detergente, antes e depois do café da manhã, do almoço e da janta, para lavar as mãos.

É milagre? É prevenção e confiança. Desde 2020, não parei de ir às clínicas. Em nosso centro espírita, estamos funcionando desde 7 de setembro de 2020 com higienização do ambiente, máscara, álcool em gel, distanciamento, passe espiritual coletivo e água fluidificada individual. Agora, na fase roxa, estamos também fechados, até liberação do governo, como manda o decreto estadual de São Paulo (aguardamos novas diretrizes).

O povo e inclusive os espíritas estão clamando para Jesus, Deus, Maria, e aos bons Espíritos para que os livrem da Covid-19, mas não pedem para que os livrem de suas imperfeições.

Quer exemplo de vício social que é difícil de deixar? Fomos de Curitiba para uma cidade do interior do Paraná, eu, o doutor Cajazeiras e sua esposa Regilaine. Chegamos para almoçar com amigos da AME (Associação Médico-Espírita). Almoço com cerveja. Na noite depois de uma palestra (científica, evangélica) sobre o livro O valor terapêutico do perdão, oração e passe coletivo, jantar com cerveja e vinho. Nem eu nem o doutor e esposa bebíamos.

Doutor Boberg, de Jacarezinho, Paraná, veio fazer um ciclo de palestras no interior de São Paulo. Depois de uma conferência, os dirigentes nos convidaram para um jantar; aceitamos e fomos. Eu, doutor Boberg, a esposa Maria Luíza e um interno da clínica, em recuperação, Fernando. Os nossos amigos espíritas, depois de uma educativa palestra sobre o livro Peça e receba – o Universo conspira a seu favor, nos ofereceram caipirinha e cerveja. Agradecemos e dissemos que não bebíamos. Eles então disseram: “Vocês não se importam se nós bebermos?". Foram servidas: caipirinha e cerveja. Tudo depois de sair de um templo de oração, do passe espiritual, onde alguns deles colaboraram... (Observação: para se oferecer o passe, é necessária não só boa vontade e concentração, mas a busca de uma limpeza íntima, nos pensamentos e emoções, o cultivo de bons hábitos e bons intuitos, o que é prejudicado pelo consumo de substâncias que alteram nosso humor, como é o caso do álcool.)

Temos que pedir a Deus que nos livre primeiro de nossas próprias vontades danosas e, depois, de um fator exterior, que é a contaminação do coronavírus.

Prevenção é oração, é fé, é confiança, são cuidados básicos, como exercício físico, alimentação saudável, sono suficiente, é evitar estresse ou irritação, e também os procedimentos exteriores: máscara, álcool em gel e distanciamento. Prevenir é um ato de amor, com você, com seu corpo e com todos que amam você.

Prevenção é também fazer a renovação interior, deixar os hábitos negativos, egoístas, orgulhosos e servir na causa de nossa fé, ou seja, participar do movimento de nossa crença e socorrer as pessoas que precisam e aquelas outras em tratamento em clínicas, cadeias, asilos, abrigos, creches etc.

E vacina já.


Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é diretor da Editora EME.

  

 

     
     

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 Revista Semanal de Divulgação Espírita