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por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

 

... Levantemos depois de cada queda


Se você cometeu erros, mesmo os mais sérios, existirá sempre uma segunda chance para você. O que chamamos de fracasso não é cair, mas, sim, permanecer caído. 
Mary Pickford


Os fenômenos da natureza nos alegram e de outras vezes nos assustam, mas sempre promovem a renovação. Na natureza encontramos as maiores belezas. É necessário desacelerar, começar a perceber com os olhos do coração, da sensibilidade, e vamos encontrar paz e tranquilidade nas pequenas e grandes coisas do Universo.

Analisando essa frase, sem autor conhecido: “Deus permitiu a existência das quedas d’água para aprendermos quanta força de trabalho e renovação podemos extrair de nossas próprias quedas”, fico imaginando quantas quedas vou ter para aprender e não precisar mais aprender, só praticar.

Porque o fracasso não é cair..., quantos não se equivocam? O próprio Cristo chutou o pau da barraca dos mercadores no templo, e o “Deus” do judaísmo, depois da criação, achou-a imperfeita: faltava uma companheira para Adão e então fê-lo dormir e, roubando-lhe uma costela, fez Eva.

Fui visitar uma cachoeira e estive refletindo no espetáculo da natureza, cada pingo, cada gota que cai e corre é como um segundo, um momento que se foi. A água voluntariosa cai mergulhando lá de cima e segue a nova direção como se a queda não fosse problema, apenas um caminho em busca de um mar de esperança e realizações.

Desejo que a vida de todos seja como uma cachoeira de bênçãos, que não se possa voltar ou parar – sua meta é seguir em frente, não importam as quedas, as corredeiras, as pedras do percurso, como a cachoeira de nossas vidas.

Nessas cachoeiras de vidas que despontam pela bondade do Altíssimo, algumas nos trazem preciosas lições de suas experiências.

Diz Santa Teresa d’Ávila: “Uma prova de que Deus está conosco não é o fato de que não venhamos a cair, mas que nos levantemos depois de cada queda”.

O prisioneiro que se tornou presidente, Nelson Mandela, fala da opressão e da transformação do ser: “Eu sou o capitão da minha alma. A maior glória de viver não consiste em jamais cair, mas em reerguermo-nos sempre que o fizermos”.

E o brasileiro do século XX, escolhido pelas pesquisas entre tantas outras destacadas personalidades, nos diversos segmentos da atividade humana, Chico Xavier, após a entrevista concedida ao programa Pinga-Fogo, da extinta TV Tupi, em 3 de janeiro de 1972, foi abordado por uma pessoa que lhe disse: “Você está famoso, hein, Chico? Cuidado para não cair!“. O médium mineiro respondeu com sua humildade: “Não tem perigo, meu irmão, pois eu nunca me levantei; nunca passei do chão”.

 

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é diretor da Editora EME.


  

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita