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Levantemos depois de
cada queda
Se você cometeu erros,
mesmo os mais sérios,
existirá sempre uma
segunda chance para
você. O que chamamos de
fracasso não é cair,
mas, sim, permanecer
caído. Mary
Pickford
Os fenômenos da natureza
nos alegram e de outras
vezes nos assustam, mas
sempre promovem a
renovação. Na natureza
encontramos as maiores
belezas. É necessário
desacelerar, começar a
perceber com os olhos do
coração, da
sensibilidade, e vamos
encontrar paz e
tranquilidade nas
pequenas e grandes
coisas do Universo.
Analisando essa frase,
sem autor conhecido:
“Deus permitiu a
existência das quedas
d’água para aprendermos
quanta força de trabalho
e renovação podemos
extrair de nossas
próprias quedas”, fico
imaginando quantas
quedas vou ter para
aprender e não precisar
mais aprender, só
praticar.
Porque o fracasso não é
cair..., quantos não se
equivocam? O próprio
Cristo chutou o pau da
barraca dos mercadores
no templo, e o “Deus” do
judaísmo, depois da
criação, achou-a
imperfeita: faltava uma
companheira para Adão e
então fê-lo dormir e,
roubando-lhe uma
costela, fez Eva.
Fui visitar uma
cachoeira e estive
refletindo no espetáculo
da natureza, cada pingo,
cada gota que cai e
corre é como um segundo,
um momento que se foi. A
água voluntariosa cai
mergulhando lá de cima e
segue a nova direção
como se a queda não
fosse problema, apenas
um caminho em busca de
um mar de esperança e
realizações.
Desejo que a vida de
todos seja como uma
cachoeira de bênçãos,
que não se possa voltar
ou parar – sua meta é
seguir em frente, não
importam as quedas, as
corredeiras, as pedras
do percurso, como a
cachoeira de nossas
vidas.
Nessas cachoeiras de
vidas que despontam pela
bondade do Altíssimo,
algumas nos trazem
preciosas lições de suas
experiências.
Diz Santa Teresa
d’Ávila: “Uma prova de
que Deus está conosco
não é o fato de que não
venhamos a cair, mas que
nos levantemos depois de
cada queda”.
O prisioneiro que se
tornou presidente,
Nelson Mandela, fala da
opressão e da
transformação do ser:
“Eu sou o capitão da
minha alma. A maior
glória de viver não
consiste em jamais cair,
mas em reerguermo-nos
sempre que o fizermos”.
E o brasileiro do século
XX, escolhido pelas
pesquisas entre tantas
outras destacadas
personalidades, nos
diversos segmentos da
atividade humana, Chico
Xavier, após a
entrevista concedida ao
programa Pinga-Fogo, da
extinta TV Tupi, em 3 de
janeiro de 1972, foi
abordado por uma pessoa
que lhe disse: “Você
está famoso, hein,
Chico? Cuidado para não
cair!“. O médium mineiro
respondeu com sua
humildade: “Não tem
perigo, meu irmão, pois
eu nunca me levantei;
nunca passei do chão”.
Arnaldo
Divo Rodrigues de
Camargo é diretor da
Editora EME.