Controlemos a nossa fala
Apesar de já estarmos em
pleno terceiro milênio
da era cristã, a
criatura humana continua
na sua sanha infrene de
erros e desacertos. E um
dos mais lamentáveis
decorre dos seus
excessos verborrágicos.
Com efeito, nota-se com
frequência que o sagrado
instrumento da fala
ainda não é utilizado
sabiamente. Não obstante
os tempos anômalos, que
tanto nos afligem, e
que, por isso mesmo,
deveriam servir de
inspiração à moderação e
sobriedade, em especial
por parte das
autoridades, nota-se
exatamente o contrário.
Figuras de alto coturno
da República empregam o
verbo de maneira
desastrada, assim como
num tom beligerante e
infeliz. O resultado é
mais prejuízo à
população, per se aturdida
pela gravidade dos
acontecimentos.
Explicando melhor, não é
novidade pra ninguém que
continuamos extremamente
atrasados na
implementação do
programa de vacinação
contra a covid-19. No
momento em que escrevo
estas linhas (final de
maio) sequer 10% da
população brasileira
havia sido vacinada. O
principal parceiro do
país, o laboratório
chinês Sinovac, produtor
dos insumos da vacina
CoronaVac, estava
falhando no cumprimento
da programação de
entrega das
indispensáveis
matérias-primas. Desse
modo, nossos
laboratórios não
estavam, por extensão,
produzindo a vacina nas
quantidades necessárias.
Em decorrência, as
pessoas não estavam
recebendo a
indispensável vacinação.
Até mesmo os que
receberam a 1ª dose não
estavam conseguindo
obter a 2ª – vital à
imunização das pessoas
desde que aplicada na
data estabelecida.
Tinha-se, assim, um
quadro dantesco, pois as
pessoas continuavam a
desencarnar aos magotes,
essencialmente por falta
de saúde pública
(vacina).
Culpar ou insinuar que a
grande nação da Ásia
seja a suposta criadora
de tão temível vírus, à
qual, aliás, dependemos
visceralmente no
momento, não sinaliza
equilíbrio e tão pouco
sabedoria. Nossa
vulnerabilidade
tecnológica, científica
e econômica não permite
que os nossos discursos
beirem a confrontação,
muito menos agora. Tudo
tem a hora certa, e pelo
que se apurou até agora,
a exata origem do vírus
não foi detectada com
precisão.
Dito de outra maneira,
as suspeitas não foram
corroboradas, e as
insofismáveis evidências
não foram ainda
encontradas. Há, sim, a
chamada “teoria do
laboratório”, que especula que
a contaminação tenha se
iniciado nesse tipo de
dependência. Embora seja
crescente o número de
simpatizantes de tal
possibilidade, nada
concreto foi
efetivamente
apresentado. E tal
constatação deveria
incentivar, juntamente
com as nossas
dependências e fraquezas
acima explicitadas,
maior cuidado no emprego
da fala. Aliás, Jesus
nos advertiu que “O
que contamina o homem
não é o que entra na
boca, mas o que sai da
boca, isso é o que
contamina o homem”
(Mateus 15:11).
Ademais, não podemos
perder de vista que
lidamos com uma nação
muito rica e ciosa do
seu atual poder e
influência no planeta.
Seus representantes são
pessoas dotadas de
extrema suscetibilidade,
e que não toleram
críticas de espécie
alguma. Nesse campo
minado das relações
entre nações somos
visivelmente o lado mais
fraco da corda.
O Espírito Dr. Bezerra
de Menezes, numa
interessante mensagem
contida no livro No
Rumo do Mundo de
Regeneração, de
autoria do Espírito
Manoel Philomeno de
Miranda (psicografia
de Divaldo Franco)
pondera que:
“Países tecnologicamente
bem equipados e
moralmente perdidos no
ateísmo e nas suas
famanazes correntes de
poder, apaixonados pela
transitoriedade do seu
tempo, encontraram na
microbiologia vírus
destrutivo para uma
futura guerra biológica,
quando os seus
argumentos de força e de
compressão falharem,
poderiam trabalhar cepas
de influenzas e outras
doenças, criando, na
atualidade, o terrível
assassino que ora os
vence também...
Eis aí o resultado
infeliz dos seus sonhos
de soberania e grandeza,
transformando-se em
pesadelos terríveis sem
um despertar tranquilo”.
Note que o respeitável
benfeitor emprega o
plural. Não acusa essa
ou aquela nação..., mas,
de sua sempre sábia
alocução e observações,
pode-se depreender sobre
quem ele se refere.
Nesse sentido, cumpre
recordar que a primeira
manifestação da pandemia
ocorreu em Wuhan, cidade
chinesa onde está
localizado importante
Instituto de Virologia.
Coincidentemente, alguns
dos pesquisadores do
citado laboratório
adoeceram em 2019 e os
seus sintomas eram
sugestivos. Mais ainda:
o médico que deu alerta
sobre a possibilidade de
uma pandemia, Li
Wenliang, enfrentou
desconfortável situação
perante as autoridades
do seu país antes de
morrer. Seja como for, a
verdade virá à tona cedo
ou tarde.
Assim sendo, infelizes
são aqueles que se
comprometeram com a
consecução de tão abjeto
trabalho.