Animais de estimação são essenciais à
infância...
As coisas que não têm nome são mais pronunciadas por
crianças.
Manoel de Barros
Quando criança, fui uma sortuda, pois tive a
oportunidade de crescer convivendo com cachorro, gato,
pato, cavalo, os maravilhosos animais de estimação que,
além de grandes companheiros, nos ensinam muito sobre
amor, apego, lealdade, respeito.
Há pouco tempo conheci um meninozinho, filho único, que
mora em um apartamento – nas alturas e sem varanda. A
mãe trabalha integral em uma escola e o pai é bancário.
O meninozinho, chamado Afonso, fica o dia na escola,
pois estuda no mesmo local onde a mãe dele trabalha. Mas
ele me conta, o rostinho aceso, que a parte mais feliz
do dia é quando ele retorna para casa e encontra seu
melhor amigo: seu cachorro, e cujo nome é Loki. E me
avisa: “a gente brinca juntos e, como eu, ele não gosta
de tomar banho”.
A meu ver, e lendo sobre o assunto, é útil reiterar que
a convivência com um animal de estimação ajuda a criança
no seu desenvolvimento – físico, emocional, psíquico. A
presença de um bichinho em casa também é garantia de
companhia para a criança aprender a encarar os altos e
baixos intrínsecos à vida cotidiana. Sim, porque há os
dias fáceis e os dias difíceis. E mesmo para a criança,
quando ela se sente triste, com medo, com raiva,
recorrer ao animal que é considerado verdadeiramente
amigo, aliado, incentiva, entre outras coisas, a redução
do medo, da tristeza, da ansiedade. Não é sem razão que
cada vez mais os animais de estimação são auxiliares
expressivos em terapias relacionadas a problemas
físicos, cognitivos, sociais – e envolvendo gente de
toda idade!
Quando as crianças crescem junto com seus bichos de
estimação, elas se desenvolvem cognitiva e
emocionalmente com mais facilidade. Serão pessoas mais
empáticas, pois aprenderão sobre a importância de
cuidar, respeitar, acompanhar.
Em poucas palavras, crianças que convivem desde o começo
da vida com animais se tornam mais confiantes, mais
responsáveis e, sobretudo, mais felizes.
Notinha
Se você não tem animal de estimação em casa, mas está
considerando a ideia de adotar um em razão de seu filho,
é importante analisar as possibilidades reais da
família. Pesquisar sobre o animal, as responsabilidades
envolvidas: o animal terá que ser alimentado, limpo,
socializado e exercitado para que se mantenha saudável.
Além disso, atualmente a expectativa é que os animais
domésticos vivam mais de uma década, o que representa
muitos anos de cuidados com a saúde, incluindo
alimentação, consulta no veterinário, banhos, abrigo
seguro etc. Animal adotado é compromisso da família – e
ele precisa também de amor e atenção.
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